TRÊS DIAS SEM ELE!

Tudo ficou sem forma e vazio novamente!

Escuridão...
Trevas...
Ignorância...
Engano...
Ausência total de luz!
Morte!
Três dias sem Ele,
Corpo enterrado,
Sepulcro fechado ...
Porta trancada...
Caminho? 

Três dias sem destino...
A Esperança se foi...
Verdade abalada...
As palavras se foram...
A Palavra se foi...
o Verbo, a Vida...
O Logos...
Morreu?
Esqueceram suas promessas, três dias...
Sequidão, abandono, dor, solidão...
Três dias sem Ele...
Terra sem Deus!
Ele morreu, eu morri.
Três dias sem Vida!
Para onde iriam agora?
Ninguém tinha suas palavras eternas...
Sabedoria humana para quem ouviu do céu, do Pai?

Insuficiente, animal, maligna...
Três dias de vazio... de ecos, de lágrimas...
De perguntas, de orfandade...
Um para um lado, outro para  o outro...

Tabernáculo desfeito, em três dias!
Sem Ele, sem vínculo, sem unidade...
Três dias procurando no vento, nas memórias,
O Cristo, o Messias.

Ele se foi!
Foi a dor da orfandade que gritou nos seus...
Ressurreição proclamada, agora esquecida...

Circunstâncias reinando no escuro...
Uma mulher explorou o sepulcro...
Talvez seguindo o coraçao por uma leve esperança de suas Palavras.

Onde está o meu Mestre?
Silêncio!
Mas já era o terceiro dia...

Escuridão tem seu fim anunciado

com a chegada de um novo som!

Maria! Raboni?

Ressurreição contemplada,
Esperança reacendida.

Tabernáculo reconstruído

Reino, Corpo!
Espírito de Vida!
Ele venceu, eu venci.
Ele reviveu, Eu revivi.

Futuro, vida!
Túmulo vazio, corações cheios!
Da Palavra, da verdade, da eternidade.
Do Espírito Santo.
Ele vem com força, Ele vem com violência
Rasgando tudo, 

destronando a morte, o inferno
Resgatando o que é seu.
Ressurgiu!
Cristo está vivo e reina!
Morreram com Ele, Viveram nEle.

Morremos com Ele, Vivemos nEle!

Como Cordeiro morreu, como Leão ressurgiu,

E voltará!
Que ruja o Leão de Judá!

E houve luz!

O Pão, o sangue, o Corpo, a "Forma" se refez, Cristo! 

Por Ara Brandes