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30.8.22

O ENTRE

O "entre" é absurdamente desconfortável, e inevitavelmente entramos nele em vários momentos da nossa vida.

O "entre" a unção e o reinado,  entre  o exôdo e a promessa, entre o marido Abraão e o pai Abraão; o entre a morte e a vida eterna, o "entre" o diagnóstico e a cura, a dor e restauração...

O "entre" é esse lugar do meio, nem é o início, onde tudo é animador, divertido; nem é o fim onde tudo faz  sentido,  que conclui-se e nos alegra. O "entre" é PROCESSO.

O "entre" é o lugar da espera, espera em movimento. Da esperança.

É o lugar onde a paciência é forjada em nós, é o lugar da continuidade,  disciplina,  perseverança, da rotina, onde nada parece ser tão interessante assim, contudo, extremamente relevante para o que virá a seguir e para trazer solidez no nosso caráter. Sem vivermos o entre plenamente não chegaremos no fim das coisas.

"Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes". Tg 1.3-4

No entre precisamos exercitar e permanecer na fé objetiva, e lutando, caminhando na visão que recebemos no início da travessia e termos a mente de um vencedor, de um atleta.

O povo de Israel viveu um entre de 40 anos até chegarem na promessa. Como viveram? Essa é a questão. 

Podemos viver o entre a perda e o ganho, a derrota e a conquista, o passado e o futuro, o desejo e a realização, o preparo e a vitória de forma intencional e em Fé. Ou podemos escolher a murmuração e o rancor e perecermos no meio do caminho.

 Os entres são as formas de Deus nos amadurecer e estimular o nosso desenvolvimento espiritual. Porque o entre põe a prova quem somos, e faz emergir o nosso pior, o orgulho,  a ira, a mentalidade vigente. Mas também faz emergir o nosso melhor em Deus. E só assim podemos ser transformados e preparados para chegarmos ao fim.

 O entre pode demorar dias, ou anos, depende do que Deus deseja forjar em nós para seu propósito.

Entendermos o entre como um treinamento e uma passagem é fundamental para aproveitarmos cada momento vivido com sabedoria e lucidez.

No entre, Eva comeu do fruto e fomos separados de Deus. No entre, Sara se apressou para realizar a promessa pelas suas próprias forças,  e gerou um problema maior. No entre, Saul se antecipou e ocupou um lugar que não era seu, perdeu a benção e a unção de Deus...  no entre o povo desfaleceu na fé e caíram mortos no deserto,  "não entraram no descanso ". 

Mas aleluia, porque no entre, José foi fiel a Deus e alcancou a promessa. No entre  Ana gerou Samuel e abençoou uma nação. No entre Davi foi forjado, tornou-se um guerreiro, e um homem segundo o coração de Deus, para então ser rei e entronizar a vontade de Deus, sua presença no meio do povo.

No entre o Gólgota e a ressurreição, a cruz brilhou, Jesus cumpriu sua missão e por isso, um novo "entre" foi criado: a sua volta.

E nesse entre, esperamos. 

Nesse entre a morte e a vida, espera e volta de Cristo, vivamos de corações abertos, abraçando a jornada, conhecendo a Jesus e transbordando a vida abundante que logo será vida eterna. 

Que seu ENTRE, glorifique Deus.

Como você espera?

Qual o "entre" que você está vivendo? Lute! Continue! 



Amém?


Por Ara Brandes

No amor de Cristo 


21.5.22

Dependência Emocional parte 3

 

Continuando a falar sobre Dependência 

A dependência emocional é considerada como um vício e da mesma forma que um drogadito precisa da droga e fará de tudo para obtê-la para um suposto "bem estar", "equilíbrio", da mesma forma o dependente emocional faz para garantir a presença da pessoa que lhe dá estas sensações. Sempre que passa o efeito da droga corre atrás e paga o preço que for ( despersonalização, perda de si, autoengano, sublimação,e superestimação do outro,  doação excessiva sem que o outro solicite, adiação dos seus projetos, de sua vida) por ela, por medo de perdê-la e porque se tornou um dependente.


Uma das evidências de um quadro de dependência emocional é o ciúme doentio, possessividade, idealização do outro, manipulação, crise de abstinência, pensamento obssessivo sobre a manutenção do parceiro. Que revelam insegurança, insatisfação, medo da solidão, baixa autoestima. Etc


Pode haver abuso nesse tipo de relação tanto de um lado como do outro.


Esse é um quadro com vários desdobramentos, mas por hora vou parar por aqui.


É preciso uma consciência ativa e uma decisão de tratamento profissional para autoconhecimento, fortalecimento da psiquê, aprendizado sobre escolhas e consequências, e estabelecimento de novos padrões de funcionamento.


O amor nasce de um ambiente de liberdade, onde as pessoas se relacionam por vontade, por prazer de estar com o outro,  por respeito mútuo, troca mútua, valor, cada um com sua individualidade. O que é o oposto da dependência, onde o "amor"  nasce da falta, na necessidade de se suprir no outro exclusivamente, da coisificacão do outro e do isolamento do outro como seu, posse, sempre há uma troca desequilibrada nesse amar do dependente e tudo que ele recebe tb nunca é suficiente prá ele.

Ei, o amor nunca é retido, mas compartilhado.


Buscar ajuda irá te livrar das repetições nas suas escolhas amorosas e no resgate de si mesmo.


As perguntas que vc deve se fazer é: porque estou me colocando nesta situação repetidamente? Pq faço isso  comigo? 

Parta daí.


Psicóloga Clínica 

Ara Brandes 


#ameaoproximocomoatimesmo

#oamornaoseprendenumacaixa

#psicologia

#gestaltterapia

#humanize-se

#perfeitonãoexiste

28.3.19

Paranóia espiritual?


Pode parecer estranho para você do outro lado este tema, não é? Mas hoje resolvi falar um pouco deste conceito que emergiu para mim, e que creio veio do Espírito, e pode edificar você.

Quantas vezes não ouvi relatos bem intencionados, mas baseados no medo das pessoas de não estarem sendo "dignos da vocação". Contudo, são relatos do tipo: "será que isso está me acontecendo por causa disso? Será que foi por minha culpa? Será? Será?

Devo estar fazendo alguma coisa muito ruim... o tempo todo, ou quase o tempo todo se submetem a uma autocrítica pesada, cruel na mente.
Vou chamar isso aqui de obsessão num "possível" erro que não aconteceu, nem mesmo o é, na maioria das vezes.

E devo dizer que geralmente essas pessoas não são as pecadoras, ou as que realmente estão em práticas ilícitas, transgressões, mas são pessoas que andam com Deus, temem a Deus, mas por causa do ranço religioso, (ô ídolo que deve ser quebrado), elas introjetaram esse medo paranóico que veio de uma fé distorcida, mal ensinada, e vivem se previnindo, ou se protegendo de algum mal nelas mesmas. Vivem debaixo de uma autocondenação, e duras sentenças que se perpetuam por toda uma vida.


Sou lastimável! Não tenho jeito. Relatos de censura, fobia de estarem errando, julgamentos sistemáticos por suas ações, que na maioria do que ouço, nada tem a ver com arrependimento, até porque não há um convencimento claro do Espírito, mas há um medo. Medo de se está atraindo o mal, de ser sei lá descoberto, ou uma autocondenação sistemática (forma de se auto justificar, eliminação da graça), que também não os leva a cruz e ao perdão acessível, mas a auto penitência.

Esses mecanismos provocam no indivíduo uma tortura, um desequilíbrio religioso, e sem dúvida falta de paz.




Vamos lá aos sintomas de uma paranóia espiritual:

1- Mente vigil, e alerta, não em relação ao mundo espiritual e sob a direção do Espírito Santo, mas o vigil aqui se movimenta pelo medo de errar, de atrair o mal, de não ser perfeito. O que diferencia aqui é realmente a motivação. A vigilância que o Ap Paulo nos ensina é saudável, é de um relacionamento baseado no amor, perdão, e graça de Deus, não no controle, punição, e autocondenação;

2- Outro sintoma: o autojulgamento sistemático em tudo que faz, sem descanso. O apóstolo Paulo nos ensina em:


1 Cor 4.3-5 "Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga. Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação".




Assim, o homem deve se examinar, mas examinar, é passar a sonda junto com o Espírito, numa postura de humildade e abertura, não para se sentenciar, ou mesmo se vitimizar. E este exame, esta consciência, deve sempre sempre vir de Cristo, não das lentes do humanismo, da auto ajuda, ou seja lá do que for.

Você vai se esgotar se ficar nisso, acredite. O homem não tem poder para se julgar, nem para se absolver. O homem, se juiz, até mesmo de si seria totalmente débil, limitado, e cruel, por isso só Deus pode fazê-lo.

Pare de se autocondenar e de se auto absolver, viva no espírito, viva um relacionamento e não uma religião. Lembre-se que você tem o Espírito Santo morando dentro de você. Descanse sabendo que Ele irá convencê-lo. Busque ser convencido do pecado, se você é esta pessoa aberta, disponível e desejosa de viver em retidão, e em santidade, o trabalho do Espírito será ainda mais fácil. Seja ensinável, portanto.


O Senhor sabe nos conduzir as transformações, ao cuidado, à pureza, ah Ele sabe. Saia do controle, descanse, deixa Deus ser Deus, aceite a graça e o perdão.


Se você está em pecado se arrependa e mude de caminho, agora mesmo.
Se está ferido, por práticas repetitivas confesse a alguém verdadeiramente para receber cura, Tg 5.16.
Busque ajuda séria e comprometa-se, é simples, mas requer humildade.

Agora, veja bem, pecado é pecado.


Você não precisa de muita revelação para saber o que é pecado, está na Bíblia, a não ser para os que ainda não são resgatados pelo sangue estes precisam sim de uma revelação contundente.


Outra coisa, não fale do pecado, isso não é confissão, nem justifique o pecado (você é pecador), falar do pecado não liberta ninguém, é necessário arrependimento, arrependa-se,! Confesse. Diga: Senhor eu pequei, estou praticando isto e isto, estou transgredindo a tua vontade e me fazendo mal, me ajude, me perdoe, quero viver tua vontade (Sl 51), faça isso e estará livre. Você não tem que ficar vigiando vinte quatro horas seus pensamentos, ações, performance, isto é religiosidade, pelo amor de Deus! O que você precisa é estar em Cristo vinte quatro horas, andando com Ele, praticando as suas boas obras, amando-o, e aprendendo dEle, de perto, correspondendo a sua voz.

Não tem como estar andando com Ele e Ele não lhe falar em que você precisa mudar. Ele é Pai. Mas, vai uma dica bíblica: DEUS NUNCA ACUSA, NUNCA. Não é assim que Ele nos aborda, quem faz isso somos nós, o inimigo, Deus não.

Deus convence, confronta, e nos trata com respeito.

Quando o rei Davi peca, o Senhor manda um profeta e sabe como ele o aborda? Contando-lhe uma estorinha para lhe trazer a consciência e o convencimento. Ei, Deus sabe convencer você, confie nEle, obedeça!!! Saia dessa paranóia, viva com Ele, ande com Ele, e isso lhe será suficiente para viver uma vida cristã pura, em crescimento sadio.


3- Outro sintoma de paranóia espiritual: a pessoa, esta linda pessoa e filho de Deus fica procurando o mal dentro de si em TUDO. Ela se mede, se julga, se escava, se tortura, SE TUDO... já cansei só de falar... rsrs...
O foco dela fica não no progresso espiritual, mas no medo de errar. Ei, "...o verdadeiro amor lança fora todo o medo". O goveno do Espírito é baseado no amor e não no medo (I Jo 4.18).
E você pode me perguntar: e qual o problema dela ficar caçando? Sabe qual é? O problema é porque parte dela, de sua visão limitada, da sua compreensão as vezes distorcida, e não da visão do espírito, da revelação, e do que está escrito. Mas de seus achismos, humanismo... Acredite, o Espírito Santo fará emergir o que você precisa para crescer. Se você anda com Ele, e "o espírito clama dentro de você, Aba Pai", creia, Ele sabe te ensinar e te corrigir, confie nEle, não na sua lente de perfeição.


4- mais um sintoma comum: esta pessoa julga todos os acontecimentos pela lente do "fiz alguma coisa errada e é por isso que isso está me acontecendo".
Bem, tudo o que o homem semear também colherá, fato. A Bíblia nos diz isso. Agora, se você é alguém que vive um relacionamento, que ama a Deus, não há porque atribuir em todo tempo os acontecimentos maus como se você ainda vivesse nas trevas em práticas pecaminosas e por isso você está sendo punido, castigado. Separe isso. O que plantou vai colher, vai e pronto, não tem nem mais que se preocupar, é só lidar, ser consequente, descanse.
Agora, o mais vem de vivermos num mundo caído. Coisas ruins acontecem todos os dias prá gente boa, normal. Gente morre, gente adoece, gente envelhece, gente briga, gente zanga, gente perdoa, gente trabalha, gente tem faltas, falta de afeto, de dinheiro, de conforto, enfim... Tudo resultado do pecado adâmico.
Busque escolher melhor, baseado na Palavra, na vontade de Deus e não nos sentimentos e experiências.

A cruz é a resposta. Há cura para quem confessa, há perdão para quem se arrepende, há consolo para quem busca, há esperança para quem crê. Viva assim!!!


Bem, vou parar por aqui minha lista de sintomas, mas eu espero que, o Espírito Santo lhe traga entendimento, revelação, e se Ele o conduziu a esta leitura, espero que você seja edificado e mude sua forma de se relacionar com a sua fé, com Deus. Deus não quer que você viva uma tortura mental, isso não santifica ninguém, o que nos santifica é crermos na obra redentora que Ele fez e aceitarmos a sua graça em humildade, reconhecendo que somos pó e nos arrependendo diariamente do que Ele nos mostrar, pois queremos ser como Ele é.

Por favor, meu irmão e irmã, seja livre desta paranóia espiritual, é só andar com Ele. Guarde os seus mandamentos, viva no Espírito, o fruto virá naturalmente. Gl 5.18-22

A religiosidade leva a tortura, não a cura. Um relacionamento com Espírito leva a liberdade, à vida, a saúde em todas as áreas de sua vida. Você é livre em Cristo!!! Cl 2.18-23

Oração:



Oro para que venha paz sobre sua mente nesta hora. Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo ilumine o seu entendimento para que você viva tudo o que Ele conquistou na cruz. Entre no descanso, em nome de Jesus.

"No amor não há medo". Cresça na fé, debaixo desta segurança de pertencer e de ser amado.

Deixe a performance, o devo ser, tenho que ser, ( se você ainda não está onde acha que "deveria estar é porque ainda não chegou, está no processo, assuma isso, persevere, e simplesmente seja nEle, sem máscaras, nem papéis.
Ande como está, e nesta autenticidade você vai sendo "transformado de glória em glória", 2 Cor 3.18. Quando você estiver sendo, você já será, não tem como evitar, será dia "perfeito".

Se está vestindo papéis, ou os "devo", os "tenho que", então você está se escondendo de si mesmo e dificilmente será transformado. Mostre-se para Ele, seja. O que vier disso será genuíno, e essência.



Por Ara Brandes
Escute esta canção tão espontânea, q vem do alto. Receba paz!

20.9.18

A ENTREGA

"Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai". Jo 10.17-18

Uma pessoa querida, muito amada amiga da Missão, e que vem sendo cuidada aqui (V💓) na Missão, nas Salas, dia desses me disse algo muito lindo que tocou as verdades do meu coração: Ara, sua entrega me ensina, ministra a minha vida. Uau! Será que tem feedback mais relevante que este? Isso me levou também a algumas reflexões sobre a entrega. O Espírito Santo me falou assim: Ara, a entrega é a mais poderosa pregação! Uau de novo!!!! Sabe do que me lembrei? Lembrei-me de Cristo, lembrei-me da cruz, lembrei da prova mais concreta de amor, sua entrega total, sua vida.

 Jesus podia ter operado muitos milagres, expulsado muitos demônios, podia ter tocado multidões, mas se não tivesse ido para a cruz, tudo acabaria aqui, nessas ações, sem repercurssões eternas. Mas Jesus não entregou só um pouco de si, mas se esvaziou completamente, como lemos em Fp 2, tornou-se gente para alcançar gente, mas não apenas isso, Ele escolheu voluntariamente, com a autoridade que lhe cabia, entregar-se, não foi por obrigação, sua motivação foi o amor, perfeito amor. Ele desejou perder para que ganhássemos, Ele escolheu renunciar não só a glória, mas os prazeres da vida, voluntariamente. Ele desejou negar-se em prol de mim e de você, por amor ao Pai.

Jesus, deixou a sua glória, seu lugar, sua moradia celeste para vir habitar em vasos de barro, para que os vasos de barro pudessem ir morar com Ele um dia. Ele fez vaso de barro se tornar eterno. É, foi isto que Ele fez, e foi por amor.

Você deixaria de morar num lugar maravilhoso, onde tudo era perfeito, em sintonia, onde você só era amado, honrado? Onde tudo funcionava harmonicamente, sem rejeições, guerras, injustiças, perseguições? Por que alguém faria isso? Por quê? Senão por amor? Jesus o fez. Sua entrega foi total, plena, e voluntária. Ninguém matou Jesus, ninguém teria esta autoridade, nem este poder.

 Ei, Jesus não foi vítima da cruz, Jesus foi consciente, responsavelmente para ela, sabendo de todas implicações dela, e foi como um Cordeiro mudo, entregou-se para que se cumprisse a escritura e o propósito de Deus, "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la".

E foi ali, naquela cruz, que a pregação mais poderosa foi proclamada de uma vez só, a toda a humanidade. Não foi a eloquência, nem uma boa oratória, não foi performance, nem um discurso apelativo recheado de beleza humana, mas sua pregação mais poderosa foi morrendo, dando-se, foram gemidos, agonia, dor, sangue, e a convicção de manter-se humano diante da injustiça, podendo sair da cruz num único ato de vontade, mas decidiu permanecer e aceitar o sacrifício até o último suspiro, pois, claro, que podia com o seu poder se livrar da cruz, mas não o fez, aguentou, suportou, podendo não suportar, ficou ali preso na cruz até cumprir sua missão, a entrega. 

A entrega de Jesus me revela sua prioridade, seu alvo! Pelo que Jesus morreu? Pelo que você seria capaz de morrer, e ser obediente até o fim? Se responder isso você conseguirá definir onde está o seu propósito e chamado. Só nos entregamos pelo que somos capazes de morrer, se necessário for.

Abraão primeiro teve que "matar" a Isaque, seu filho, mas quando Deus lhe pede este sacrifício ele mostra que seria capaz de fazê-lo, ou seja, ele matou o seu filho e morreu também (no coração) por amor a Deus e a seu propósito. Deus só queria libertá-lo do que poderia lhe prender lá na frente. Abraão voluntariamente escolheu obedecer a Deus. Poderia ter dito não, poderia ter se recusado a prosseguir, ou ir obrigado, reclamando, mas não foi assim, ele foi porque amava a Deus e confiava no seu amor. Não procurou se salvar, ou salvar o seu filho com a influência que tinha, aceitou, rendeu-se.

Este talvez seja o grande desafio de cada um que escolhe viver para Deus inteiramente, salvar-se. Salvar-se da cruz, das dores, do sofrimento, dos desertos,  por causa dEle. Salvar-se do sacrifício que é "morrer" "para que outros possam viver". Se você usa o poder, a plataforma que possui, a influência que tem para livrar-se da cruz, da sua missão, ou para se aliviar da dores da entrega, você não está apto para o chamado, faça qualquer outra coisa nesta terra, mas ministério, seja ele qual for, é entrega voluntária e total, é renúncia consciente e vívida, real, é muito maior que você, e é por uma causa muito maior -vidas-.

A entrega é o deixar-se consumir, primeiro para Deus, sem reservas,  até o último suspiro, segundo, doar-se para os que Deus nos confiou cuidar, curar, amar, dentro da visão de Deus, da identidade ministerial, pessoal, nada tem a ver com obrigação, a obrigação vem do comprometimento com o amor, e com o quem amamos. A obrigação não é a motivação, jamais, logo, não é um fardo descomunal, fazemos porque pulsa, e nos alegra interiormente servir a Deus, e saber que outros viverão quando morremos.

A entrega não mede esforços porque carrega  uma visão de Deus, um propósito, e uma graça do Pai para trazer vida do alto. A entrega não é uma fala, a entrega é um modo de viver baseado na missão que temos. Relações, moradia, investimentos, capacitações, treinamentos, ministérios, leituras, música, tudo que você consome... o comer, o lazer, o vestir, o ter, o ser tudo está relacionado com o propósito final, com a missão que carregamos, deve ser assim, e isso é bom, traz paz, confiança, crescimento. Mas quando desalinhados muita confusão e perda de tempo, e investimentos fracassados.

Um erro que ouvimos muitas vezes nas falas de tantos ministros é de que a obra é um fardo, que é penoso, que é isso ou aquilo... são tantas reclamações, e queixumes... ao mesmo tempo vejo nisso  notificações de um desalinhamento do chamado, porque para todo chamado há uma graça específica derramada, e uma unção capacitante para que a obra seja desenvolvida com alegria. Mas quando a obra vira Deus, e o ativismo toma de conta, a insatisfação começa a gritar, sinalizando o desvio, o desajuste, e aí é a hora que precisamos ser sensíveis e nos alinharmos ao coração de Deus.

Querido, não faça nada para Deus movido por obrigação,  ela faz parte, mas nunca pode ser o motivador, isso é religiosidade. Faça porque aceitou o chamado e seus encargos e responsabilidades. Faça porque ama a Deus, e se vê privilegiado em servi-lo. Faça não porque tem talento e dons, não por reconhecimento, faça porque ouviu a sua voz e isso basta. Faz muita diferença na qualidade da sua entrega; fazer por amor, ou por obrigação.

Por exemplo, se eu faço um almoço porque amo minha família e quero alimentá-la, me movo primeiro pelo amor, e pelo senso de dever que advém do amor, e o farei com alegria, entusiasmo, criatividade, abertura, cooperação; consciente do trabalho que terei, da renúncia que farei, mas visando o bem comum, o todo, a causa maior, a comunhão, a nutrição, o amor. Agora, se faço porque tenho que fazer, porque sou mãe, me moverei já pelo peso, ja irei em outra qualidade de serviço, de entrega, mau humor, desprazer, reservas, condições, cobrança, darei uma outra qualidade, compreendem? Faz diferença no como me entrego, no por que me entrego e o que entrego.

Entrega e reserva são incongruentes, alguém que se entrega com reservas nunca terá o gozo completo. A reserva denuncia controle, mensuração, enquanto a entrega é doação plena, livre, e cheia de prazer eterno.

Renda-se  a Deus, saia do controle, e veja o que acontece. Seja inteiro no que faz! Exercite isso e verá uma outra qualidade emergindo em tudo que produzir. Mova-se só pelo amor, de fato.

O amor não cobra, o amor entrega. Se  você escolheu entregar não reclame mais, por favor, viva o preço do chamado, e todas as suas implicações conscientemente, porque vale.

Estou aqui escrevendo para você do outro lado, estou me entregando, renunciando tantas outras coisas, inclusive importantes, mas pulsa em mim o desejo primeiro, hoje, de que você possa ser tocado, e possa encontrar uma inspiração para mover-se numa qualidade maior no servir a Deus, e as pessoas, então eu escolhi vir aqui, priorizar este tempo porque desejo, e porque quero abençoar você. A casa ainda está bagunçada, a comida ainda não foi para o fogo, mas decidi consumir este tempinho aqui com você, e começou cedo, lá conversando com Deus no banheiro, depois buscando uma foto, a inspiração, o conteúdo, e aqui estou eu, inteira, animada, empolgada pelo Espírito Santo enquanto escrevo para você, mas não para por aí, depois vem a edição, correção de texto, para só então entregar a você o melhor que posso hoje.

Predispus-me a estar livre para Deus me usar, e falar com você hoje, por este meio também, podendo alcançar dois, três, vinte, 50, sei lá, mas sempre tem chegado a um povo. Compartilho isso para vocês entenderem que sempre tem renúncia e perdas envolvidas, mas que vale à pena, porque o que é divino, é eterno. Comida se vai, palavra de Deus não.

Assim deixo um pouquinho de eternidade para você! Que Deus fale ao seu coração. "Não só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus".

"Ninguém a tira de mim, eu mesma a dou".


No amor de Cristo, Ara Brandes

24.8.18

A CONTEMPLAÇÃO, UM ESTILO DE VIDA - ABSORVA DEUS CONTEMPLANDO.

A CONTEMPLAÇÃO, UM BÁLSAMO PERFUMADO PARA ALMA.

"E viu Deus que era bom" Gn 1.

É raro em nossos dias observarmos as pessoas pararem para contemplar. Esta é uma prática tão essencial para o espírito, para a alma, mas tão ignorada em nosso cotidiano.
Contemplar é parar intencionalmante para ver o belo, para admirar a criação, o bem... é silenciar tudo ao nosso redor para absorver Deus, seus feitos, sua grandeza. É parar para estar em relação com a beleza, e o silêncio.

Para-se para ouvir notícias repetidamente e sistemáticamente amedrontadoras, pavorosas, feias. Para-se por horas diante de "telas", mas não para contemplar, não para admirar o belo, conscientemente, mas só para nos entretermos. 

Para-se diante de obras de mãos humanas, belas também, mas rígidas, inamimadas, úteis sem dúvida, mas também corrompidas e sedutoras. Pensadas não apenas para facilitar a vida humana, mas para gerar riquezas, para seduzir, capturar, e dominar a nossa atenção e interesse. 
E isso rouba o nosso tempo, e nossa energia,  e com a nossa permissão velada. Todo um "belo" montado para nos seduzir, captular e viciar a nossa mente  a um único ambiente. Isso não é contemplação.


A contemplação, no entanto, é um convite de Deus ao homem para refletir sobre a vida, sobre Deus. Um convite para conhecê-lo, seja observando a natureza, ou  a uma linda obra de arte inspirada, em suas variadas nuances e formas, mas parando por inteiro, relacionando com o que vê,  ouve e sente.

O homem que contempla, aprende a agradecer, a dimensionar o tamanho de Deus, e o seu poder. 
O homem que contempla, ensina a alma a absorver a paz, a ordem, que vem não da perfeição das circunstâncias, mas da grandeza de Deus e de sua soberania sobre todo o universo. 
O homem que contempla aprendeu com o Criador a admirar e a desfrutar de sua obra, de seus feitos, de suas conquistas com Deus, e em Deus.

A contemplação nos treina para o aperfeiçoamento e aceitação da nossa humanidade.
A contemplação traz o belo para dentro de nós. Precisamos parar para ver o belo, absorver o belo, em meio a tanta feiura interior e exterior. E devo dizer que o belo não se reduz a uma estética performática, mas a um olhar de importância, e de valoração. É uma percepção de valor. O belo nem sempre é tão óbvio, mas existe, é preciso parar para encontrá-lo, e sabe de uma coisa, quando se encontra o belo, encontra-se Deus, indubitavelmente.

O belo pode ser encontrado na adversidade, na tempestade, na dor, no aparentemente contraditório. Existem belezas mais profundas, que não estão na superfície, será preciso parar mais, cavar mais, até achar. Não é assim que se encontra as pedras mais preciosas, mais raras e mais belas?

O belo pode estar na superfície? Sim pode. O belo pode ser comum a todos? Sim pode. E ainda assim será preciso parar para absorvê-lo em seu dia a dia, integrá-lo a quem você é. Mas sem contemplação, vê-se, mas não se enxerga, muito menos, absorve-se, e absorção de Deus é essencial para a nossa ordem interior.

É muito provável que você não se dê conta do quanto os seus sentidos estão saturados e desgastados pelo que você vê, ouve, sente, toca, mas estão. Tudo que você contempla sistematicamente se torna parte de você. 

Pergunte a si mesmo: o que tenho contemplado diariamente? Para onde está voltada a minha atenção e concentração?
Deixe eu lhe dizer algo: nossos sentidos estão cansados de receberem e absorverem o mal, o "feio", o desagradável, o sujo, o corrompido. Tem beleza emergindo  o tempo todo. A vida não é só maldade, e não é só a parte que nos é contada, informada. Não é só noticiários de morte, violência, e corrupção. 
Saia dessa fixação, seus sentidos precisam de descanso, de pausas, precisam capturar a beleza que mora na simplicidade, na gentileza, na compaixão, nos laços reatados, nas trocas de ternura, na rusticidade das pedras, nas almas acendidas, apaixonadas, nos encontros da dor, nas descobertas da força humana, e superação, nas diferenças... O belo transcende a estética.

A estética é apenas um chamariz para o encanto, um pretexto importante para nos aventurarmos e irmos além, tirarmos a segunda camada para chegarmos na beleza essencial, profunda.

Descobrir a beleza é para os contemplativos, para os que exergam, para o que não estão mergulhados em si mesmos e em seus padrões, mas que intencionam encontrar o belo, sempre. 

Ser contemplativo é para todos, mas nem todos querem, nem todos valorizam, ou se entregam a essa experiência. 

A contemplação é um exercício, e um modo de vida, e pode ser desenvolvido, é saúde.  

Pense comigo: o que há de belo numa briga? Talvez você responda, nada. E eu digo a você, eu vejo. Numa briga honesta, justa? Sim, eu vejo. Quem briga tem garra, tem interesse, tem força, e isso é extremamente belo e rico. Feio é o desinteresse, é a indiferença, é a ausência de luta.

O que há de belo, no sertão? Para os que enxergam? Encantador! Encantadora a terra, a luta, a gente! Gente bem gente. Ah, encantadora a força do sertanejo, o valor que dá a vida, a água, à sobrevivência, a chuva.
Particularmente vejo na contemplação a oportunidade de me melhorar, não sei você, mas todas as vezes que paro para observar as aves, o céu, o novo, o belo diante de mim, raso ou profundo, coloco-me pronta para o fenômeno, para ser tocada pelo que vejo, e reflito sobre a vida, sobre mim, sobre Deus... sinto-me convidada a ampliar o conceito do que vi um dia, e do que vejo hoje.

Ah queridos, Deus nos ensinou a contemplar, desde o princípio, quando criou o mundo. Em tudo que criara, Ele parava para contemplar, para declarar, atestar, validar, e assinar: "é bom".
A contemplação também é exercício de avaliação, de reflexão do que fizemos. É quando paramos para observar, usufruir, e desfrutar do que executamos. Esse exercício é de extrema relevância para fecharmos o que começamos com alegria. e gratidão. É sem dúvida gratificante percebermos que em tudo que fizemos demos o nosso melhor, demos de nós mesmos na obra feita, isso é bom para a alma. A alma precisa disso.

Por fim,  a contemplação:

1-Revela a grandeza de Deus e seu amor
2-Silencia todas as vozes e isso o levará a escutar o essencial;
3-Promove em você sempre bons sentimentos, gratidão, segurança, reflexão, alegria, bem estar, sensação de ordem interior, paz...
4-Revela sua desordem;
5-Acalma sua mente, descansa os seus sentidos;
6- Integra o belo
7-Promove reflexões e sínteses da caminhada, novas mudanças e acertos.
8-É extremamente terapêutico
9-Reconecta você com Deus
10-Expõe seus sentimentos e sentidos para absorverem a bondade, a beleza, o bem, a quietude.

Convido você a parar para contemplar, e a introduzir essa disciplina na sua vida. Além de todos os benefícios, ela promove saúde e conexão com você e com o seu criador, e isso é bom!!! Experimente você mesmo.

A contemplação é um exercício para os dias bons e maus, feios, ou bonitos, transcende ao lugar, embora este também seja importante. Você pode ser consciente, e intencional na busca, e no  desafio de enxergar e encontrar onde está o belo da dor, das diferenças, do inesperado, nem sempre é tão óbvio, acredite, mas existe.

Desafie-se a encontrar a beleza para além dos padrões seculares, esperados, e aceitos. Mas, para isso é preciso parar 'para', e com a intenção de. Parando para observar os homens de Deus na Bíblia, vejo como este exercício de contemplação, era uma prática usual, comum. E o mais interessante ao lermos suas experiências é que nos dias mais funestos, sombrios, negros, a beleza nascia, surgia. Emergia da escuridão dos vales, desertos, poços, perseguições, dores, decepções, sofrimentos. Quantas poesias, cânticos, experiências, e sínteses fluíam de suas jornadas interiores... Ah, que aprendamos a contemplar e a descobrirmos as dádivas que existem quando paramos para enxergar Deus, na guerra, ou na tempestade, na vitória ou no fracasso, na noite escura, ou no lindo dia de sol. Como diz a música do  Estevão Queiroga "descobri que os dias mais sombrios, também são teus". Jesus também nos ensina a contemplar como exercício de conhecermos o Pai. Em Mt 6.26 "Olhai para as aves do céu", no v 28 "olhai para os lírios do campo", e aqui, Ele está ensinando os díscípulos a contemplarem, e observarem o funcionamento da criação de Deus, da soberania e cuidado do Pai, pois ao fazerem isso internalizariam uma verdade - o Pai se importa e está cuidando de tudo, também, e primordialmente, dos seus filhos.
Termino deixando uma linda poesia do Rei Davi, um homem de Deus treinado no fogo da perseguição a contemplar e a descobrir sempre o belo, Deus, em tudo que viveu.
A contemplação portanto, é um bálsamo perfumado para a alma cansada.


Salmos 19

"OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.  Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.  Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.  A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,  O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.  A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.  A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.  Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos.  O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.  Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.  Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhorie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.  Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu"!

No amor de Cristo, Pra Ara Brandes

Meu agradecimento a foto cedida com tanta generosidade. Obrigada! 

17.6.18

UM CANTO PARA O MEU AMADO

"Tu és digno Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas criaste, sim por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas".

Hoje quero expressar meu amor por Ele, meu Amado, meu Senhor. Ele é digno!!! Contemplá-lo sempre me leva as lágrimas, lagrimas de espanto, de adoração... palavras faltam, coração se rende, tudo se curva para exaltá-lo, sou "altar", meu nome já carrega esta missão, missão que se alinha ao meu desejo, a quem eu sou nEle. Meu Aba!!! Meu rei! Meu Senhor!!!

 Sou capturada por este amor, mesmo quando sinto-me longe, o vejo... ouço a voz do meu Amado, e tudo mais perde importância,  "meu Amado chegou, o inverno passou, a terra sorriu de flores". 
Tu és meu tudo, minha razão de existir...
"Tire-me Deus e nada sobrará, nem sonhos, nem desejos, nem força, nem porquês, nem anseios, nem ambições, nada nada" (Ara B). Mesmo que algo da Ara pó, seja útil e bom, não me interessa, escollhi ser nele, para Ele, e por Ele... foi escolha! "Não consiste em linguagem de persuasão, nem de sabedoria humana" (1 Cor 2.4) É vazio mesmo, proposital para seu trono, seu reino. Sei que meu destino foi sempre andar dentro da glória, mergulhada nela. 

Dia desses Ele me fez lembrar disso por meio de uma profeta linda de Deus, "Ariene, minha irmã", vi através dela o Pai mais uma vez confirmando minha identidade, e onde me sinto plena. É isso mesmo, sou plena dentro da glória. O que faço, realizo tem a ver com isso, e fora disso, não importa prá mim. É vazio inútil. Meu vazio é para Ele, sempre foi, sou altar. E isto não é religião, é caso de vida ou morte para mim, respiro por estar nEle. Estou rendida pelo seu olhar, e quanto mais ando com Ele, quanto mais o conheço, mais desejo conhecê-lo...

Ah Senhor, sem a sua presença...  pó, e só.  Você me alcançou, me redimiu, me esculpiu de novo por dentro, fez de cacos, bela arte que revela sua beleza, isso me basta. 
Sou contentada não porque não tenho problemas, não porque tudo ao meu redor conspira a meu favor, não porque alcançei algum tipo de retorno humano, não porque está tudo perfeito, longe disso, não, não; não é por nada disso,  mas, porque Ele me afirmou, me amou, e me escollheu.
 
Os cheios se tornaram vazios, os vazios se tornaram cheios... Muitos vazios esvaziados por meio dEle e para Ele, vida.

Obrigada Aba! Obrigada pela graça que me fez te conhecer, permanecer, e te amar... sempre foi você!
Obrigada pela sua presença manifesta, por se importar com o que é tão importante prá mim... você! Tu és a minha porção, a minha herança!

Tu és digno meu Senhor! 
Santo! Santo! Santo!
Canto para Ti meu Amado!
Cante para Ele também., vai...

Como diz um trecho de uma canção:

"Quem é Deus como Tu, que aos coxos faz andar, os cegos enxergar
Quem é Deus como Tu que do pó fez o homem, do morto um testemunho de glória...
Eu, o pó, exaltando o grande, o poderoso Deus..." de Ara Brandes

1.9.17

Ministração de adoração- Adore conosco.

CONFERE LA NO CANAL DA MISSÃO ÁGUAS ESTE VÍDEO DE ADORAÇÃO.
MOMENTOS SEMPRE MARCANTES NA PRESENÇA DE DEUS.
VOCÊ SE SENTE CANSADO, SEM SEDE DE DEUS? CREIO QUE VOCÊ PODE SER RENOVADO AO OUVIR ESTA MINISTRAÇÃO.


8.11.16

LIBERTE-SE DO OPRESSOR DENTRO DE VC! "EU TENHO QUE".

SOMOS MARTAS/MARIAS, MARIAS/MARTAS

Resultado de imagem para Martas Marias

“Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor ao ouvir-lhes os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Lc 10.38-42

Queridos, hoje a palavra que pulsa em meu coração, inspirada pelo Espírito Santo, é baseada nesse texto acima. 
Falarei sobre estes dois perfis encontrados no texto bíblico, os quais considero relevantes  dentro do reino de Deus. Minha atenção, contudo, será sobre Marta.
O reino precisa de Martas. Contudo, de Martas restauradas pela presença do Senhor. De Martas libertas, que vivam a liberdade conquistada por Cristo na cruz (Gl 5.1), "Martas" que reaprendam a usar seus dons, e o seu serviço de forma saudável. Martas que percebam que podem ser amadas e cuidadas por Deus e pelas pessoas.
Mas o reino de Deus, também, precisa de Marias, de pessoas que amam o Senhor de todo o coração, e que consideram essencial para suas vidas conhecê-lo de perto, que tem um coração grato pelo que Ele fez em sua vidas e por isso não resistem os seus pés.
No reino não existe acepção de pessoas. Ninguém é melhor que ninguém, mas alguns sabem fazer, até pelos seus próprios perfis e histórias de vida, escolhas mais saudáveis para viverem a vida, a fé.
Talvez alguns de nós sejamos Martas, outros Marias, outros, um pouco das duas. O importante é que dentro de nossa identidade e posição no Reino de Deus estejamos satisfeitos, ajustados, felizes em ser o que somos, e em fazer o que fomos chamados para fazer. Assim, quero me dedicar, mais uma vez, nesse olhar, à figura de MARTA que aqui não significa a figura feminina, mas representa um tipo de perfil e de servo no reino de Deus. E quero começar dizendo que nossa querida Marta, parecia conviver com um opressor dentro de si,  opressor que chamo aqui de o "eu tenho que". E porque ela vivia assim, também queria que todos ao seu redor vivessem, mesmo que não fosse consciente sua atitude.
Ao lermos os textos acima, identificamos alguns problemas evidenciados pelo comportamento de Marta, contrapondo-se com o de Maria. É certo que Marta tinha um relacionamento com Jesus. Era um relacionamento diferente do de Maria, sem dúvida, até aí nenhum problema, não é? O problema está quando Marta demonstra sua falta de paz, sua inquietação, sua inveja de Maria, sua excessiva ocupação, preocupação, e seu controle até com Jesus.( V.40). E Jesus a partir da indagação opressiva de Marta, a confronta, e expõe os enganos de seu coração, de seu andar, e de sua prática de fé (v.41,42). Ele diz: “Andas inquieta, e te preocupas com muitas coisas”. Marta não parava nem com a presença do Mestre em sua própria casa, um comportamento bem tipico de quem tem um estilo de vida mais ativista. 
Marta era uma trabalhadora, mas sua inquietude revelava seu excesso. Observo em “Martas”, de maneira geral, uma necessidade de se manterem ocupadas, elas sentem que precisam fazer, e fazer porque "tem que "fazer" e isso as oprime e se estende aos outros.
Quero colocar aqui que entendo que o ativismo tão presente na vida de Marta não a fazia feliz. O ativismo é muito diferente de produtividade. O ativismo mantem as pessoas em movimento, buscando muitas coisas, só não se sabe o porquê de tantas coisas, no fundo não há um sentido real para quem o pratica. É um acúmulo de ações sem quase nenhuma realização, ou satisfação em Deus. Diferentemente a produtividade, ou a frutificação, tem um sentido, há uma consciência ativa, um retorno almejado e lúcido do que se faz, há qualidade e foco e por isso, há paz, como vemos no relato sobre Maria. No relato de Marta, ao contrário, vemos uma busca de quantidade de ações, vemos cansaço, inquietude, ansiedade, ausência de foco, solidão.
 Quem dá conta de acompanhar “Martas”? Marta, dentro do texto, pergunta a Jesus se Ele não se incomodava com a sua solidão no serviço.  “Não te importas de que minha irmã tenha me deixado a servir sozinha?” Mas, foi uma escolha dela, não de Maria estar naquela agitação, portanto, a responsabilidade de dar conta, também deveria ser dela. Quem é como Marta aprendeu a viver assim, e tende a projetar, a esperar que outro seja e viva do mesmo jeito, é pesado. Se você se identifica de alguma forma, fique atento, não delegue ao outro uma responsabilidade que é sua, que advém de sua forma de ser, pois isso é muito opressor, pesado, e abusivo também. Sabe o que acho interessante? Maria não se defende, não fala nada. Sabe por quê? Porque ela escolheu a boa parte, então Jesus a justifica, Jesus a defende, Ela tem tudo o que Ele tem. “Martas” também podem ter, mas precisarão enxergar isso para desfrutarem de Jesus.
Queridos, “Martas” podem ser felizes sendo quem são no reino. Jesus ama as Martas, mas Ele tem uma obra de libertação profunda em sua alma primeiro. Amém?
Lendo o texto, me vieram essas perguntas:
Será que Marta realmente queria fazer o que estava fazendo?
Bem se pensarmos que quando fazemos o que queremos de fato sentimos  bem estar, harmonia, gratidão, alegria, então nossa resposta é, não.

 Por que Marta fazia então?

Parece que  Ela fazia por uma pressão do “fazer para”, pelo medo do julgamento de Deus, das pessoas, talvez porque tivesse dentro de si um grande“TENHO QUE. O tenho que mostra introjeções de obrigações, de regras, de leis que ela assimilou, mas sem entendimento, não parece que estava em harmonia com isso. Pelo seu comportamento parece fazer algo sem sentido para ela, pelo menos até aquele encontro.  Fazia-o porque apreendeu e aprendeu que tinha que ser assim. Suas ações provinham de uma motivação muito castradora, muita rígida provavelmente, e não de uma experiência com Jesus, com a vida. queridos, a experiência tem o poder de trazer vida e entendimento sobre as nossas ações. Seu fazer era sem entendimento, era robotizado, repetido, sem a consciência de escolha, de liberdade. Quando dizemos que “temos que”, o que entendemos é que há uma pressão interna, melhor dizendo uma opressão interna, primeiramente de que tem que ser feito, mesmo que isso não seja verbalizado por ninguém, nem por Deus, há uma obrigação subtendida, aprisionante.
Bem, queridos, aqui o Senhor me mostrou uma coisa que achei tremenda, “Martas” precisam de libertação da funcionalidade, da prática da fé e do orgulho. Este é um outro nível de libertação. Marta, “agitava de um lado para o outro”, e por quê? Porque seu serviço demonstrava o seu valor para ela, era o que tinha para oferecer, era seu jeito de amar, de chamar a atenção para si. Ela "precisava" mostrar a Jesus  como ela era importante, e como estava ocupada, enquanto sua irmã só ali, preguiçosa, parada, sem fazer nada, não é (Inferências minhas)?
Marta se inquietava com o existir de “Maria”, com a despreocupação de Maria, e também se incomodava com Jesus. No texto vemos ela ordenando a Jesus. Ela tenta mandar em Jesus! Sim, Martas querem controlar tudo e todos, mesmo sem perceberem. Entendo que não eram ações conscientes, mas que se manifestavam em seu comportamento muito claramente. Martas não libertas, são líderes autoritárias e sabemos que por trás de todo autoritarismo existe uma baixa auto estima, e uma grande insegurança. Marta, segundo o texto, tinha todo um jeito de fazer as coisas, de existir, claro, jamais poderia ser Maria, e não acredito que Jesus queria transformar “Marta” em “Maria”, mas Jesus queria conscientizá-la de seu estilo de vida, de suas prisões, pois ela já não precisava mais viver assim, porque Ele estava ali.
Jesus respeita nossa identidade, nosso jeito de ser, a nossa estrutura. Contudo, o Senhor sabe também, que “Martas” sofrem, se esgotam, se sobrecarregam, se oprimem e oprimem os outros porque escolheram uma parte não tão boa para viverem. Um estilo de vida que adoece, sem dúvida. Daí vemos focos de ansiedade, de amargura, de inveja, incompreensão. É opressivo viver pelo “querer” de um outro. E sinalizo isto, porque Marta não estava fazendo algo genuíno dela, se o fosse estaria feliz, e em paz. Mas vejo uma internalização de coisas tóxicas, uma fé contaminada, rígida, e sem entendimento. Um padrão proveniente, provavelmente da infância. 
Viver um padrão auto exigente, idealizado é angustiante. Martas se ocupam, precisam se ocupar, acreditam que se não  fizerem assim não terão valor. "Martas", temem o vazio, este pode ser assustador, assim como o silêncio pode ser assombroso! Martas não libertas só param quando Deus intervém. Ele faz isso para que conheçam e se deparem com suas necessidades reais, com seus problemas reais. 
Jesus quer tratar com as “Martas”, Jesus quer ajudá-las a terem um relacionamento com Ele, sem o serviço, sem o ativismo como ponte. “Martas” se relacionam pelo serviço, numa busca esgotante busca de aprovação e valor. E reforçando mais uma vez: quase nunca esses comportamentos estão no nível da consciência e por isso há a repetição. Jesus quer trazer a verdade que liberta para as Martas, como se dissesse: Marta! Marta! Amo você porque escolhi amar, não por seu serviço, performance, nada disso foi critério meu para te amar, te aceitar, e  ser seu amigo... "vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça”... Jo 15.16.
O estilo de vida de Marta, não produzia frutos, vida, mas, confusão, cansaço, superficialidade. Jesus naquele encontro lhe chama à atenção, desperta a sua consciência para o que estava fazendo a si mesma, e como poderia mudar. Percebam a fala de Jesus, Ele lhe dá um caminho de mudança de mente, de metanóia, de metamorfose: “Marta! Marta! Por que andas inquieta? Pouco é necessário, ou talvez uma coisa só”! Que tremendo! Que chave!!! Como se dissesse, saia do ativismo, conheça-me. Ao invés de fazer muitas coisas, foque no essencial, no seu propósito. Gaste sua energia não buscando aprovação pelo serviço, mas dando fruto de quem você é em Deus. É só isso. Lindo demais!!!
 “Martas” precisam de transformação, de ajustamento, de uma funcionalidade saudável, harmônica.
Queridos, o Senhor quer usar a capacidade das muitas “Martas” no reino; sua pró-atividade, sua força, sua capacidade de inciativa, de liderança, sua energia, disposição, sua competência, capacidade de execução, seu senso de responsabilidade, sua hospitalidade, sua inteligência etc; mas há algo que Ele pede de Marta para fazê-la instrumento em suas mãos: sua disponibilidade para Ele, seu tempo, sua presença inteira. Martas parem! Martas aquietem-se! Martas escutem! Sem isso, sem mudanças.
Leiam o que Jesus respondeu a Marta depois dela lhe ordenar (v.40 e 42): (...) “Maria escolheu a mehor parte”. Essa resposta de Jesus nos leva a pensar que existia uma outra parte que não era “tão melhor”, se não era boa, era o quê? Quando Deus criou  o mundo, o homem, Ele contemplou e atestou sua qualidade dizendo “é bom”. Em Gênesis diz, que depois que Deus terminava tudo, falava que era bom. "E viu Deus que era bom”. E no texto em que estamos meditando, vemos Jesus falando a Marta algo parecido, Ele diz a Marta, “Maria escolheu a melhor parte e ninguém poderá tirar isso dela”. O que Maria escolhera teve o selo de qualidade do Reino "era bom". Tinha fruto, resultados, vida. Estava aprovada a sua escolha, a de Marta ainda não. O fato de Jesus nos amar, não significa que Ele aprove tudo que fazemos, nem o como fazemos. O Senhor nos ama como somos, mas reprova condutas que nos prejudiquem. Por nos amar quer que escolhamos a melhor parte no reino. 
Que melhor parte foi essa que Maria escolheu?
Maria escolheu conhecer, relacionar-se com Jesus, aprender diretamente dEle. Ela escolheu confiar e desfrutar de Jesus, escolheu confiar, agradecer, e isso, segundo as palavras do próprio Jesus, era, e é, a coisa mais importante e necessária para se viver uma fé saudável (v42).
Sem dúvida, queridos, o reino de Deus precisa de Martas alinhadas, curadas, frutíferas. O reino de Deus também precisa de “Marias”. Não há como Deus não usá-las no Reino, não há como ficar sem as que se derramam, se gastam na presença para conhecê-lo e assim revelá-lo como Ele é aos outros. Marias já escolheram a melhor parte. No reino de Deus ambas representam tipos de servos que o Senhor precisa para trazer o seu governo, o seu reino e fazer frutificar a sua vontade.
Martas escolham fazer porque lhes é próprio, porque desejam, e não por obrigação. A obrigação pode até existir, mas será por uma escolha entendida, vívida, e de amor. Vocês podem escolher a boa parte, contudo, há uma jornada de cura, de confronto com a Palavra, de desconstrução e nova edificação para chegarem lá.
Uma “Marta” restaurada é um instrumento poderoso nas mãos de Deus. Precisamos dessas Martas. Não se rejeite por ser Marta, pelo contrário, redescubra-se, encontre sua força e entregue sua fraqueza ao Senhor, Martas são preciosas para Deus.
Procure focar em sua libertação. Só o Senhor e sua palavra tem o poder para libertá-lo (a) desse estilo de vida, desse funcionamento ativista, do orgulho, e dessa prática de fé contaminada, opressiva. 
EM VEZ DE VIVER  pelo TENHO QUE", viva por "QUERER", viva porque VOCÊ "ESCOLHEU", porque VOCÊ "PRECISA" DO QUE É BOM. Você é livre!

Ore agora mesmo:

Senhor, me coloco diante de Ti, rendida, humilhada, convencida (o) pelo teu Espírito Santo de que este estilo de vida não glorifica o teu nome, nem me realiza. Tenho andado inquieta (o), agitada (o), preocupada (o) e buscando muitas coisas. Sinto inveja dos que conseguem ser felizes, dos que tem paz, e me arrependo disso nesta hora. Vivi muito tempo buscando a aprovação dos homens e de Ti, aprovação pelo tanto de coisas que escolhi fazer, e não por te amar, e te servir com todo o meu coração realmente. Ah Senhor, eu me arrependo de viver na ansiedade, de andar no orgulho, de me oprimir diariamente com tantos pesos desnecessários e de oprimir os que estão perto de mim, até mesmo o Senhor. Me arrependo de ser controladora (o), de não confiar no Senhor e até de me ignorar e me rejeitar. Perdoe-me, oh Deus. Minha fé precisa de purificação. Limpa-me com teu sangue. Reconheço que só em ti há salvação e libertação. E eu a recebo nesta hora. Quero te amar e te servir em liberdade, porque eu escolhi e quero, não por opressões internas e/ou externas, não por religião, mas porque eu decido aceitar a tua graça na minha vida e sei que ela é o que preciso. Perdoe-me por deixar meu coração amargurar pelas insatisfações criadas por mim mesmo (a), eu quero viver por um relacionamento e não por uma lei. Não quero mais viver assim. Eu me abençoo! Usa-me! Ajuda-me Senhor! Hoje eu me comprometo a parar para te conhecer, a  parar para desfrutar de quem Tu és. A Escutar os teus ensinos, em nome de Jesus. Eu quero, eu faço esta escolha. E Clamo que minha mente seja renovada pelo teu poder e pela tua palavra, nesta hora, em nome de Jesus! E todos os estragos feitos por este modo de vida, peço que o Senhor restaure e endireite as minhas veredas, cure a minha alma, e alinhe os meus pensamentos aos teus, nesta hora. Em nome de Jesus.
Se você orou e creu, está feito. Honre seus compromissos com Deus e siga. Eu te abençoo como ministra e serva do Senhor, em nome de Jesus.


Por Ara Brandes, no amor de Cristo

5.11.14

Fé? A fé é a chave para o sobrenatural de Deus!

 Fé?

Tenho me perguntado, e perguntado ao Espírito Santo, o que de fato significa ter fé. 
Fala-se de alguns tipos de fé: a fé salvadora que é a fé que nos leva a Jesus, ao arrependimento. A fé natural que é uma fé comum a todos,  confiança no que fazemos, esperamos, mas não exatamente em Deus. Tem também a fé como fruto do espírito para produzir caráter; e a fé como dom do Espírito, essa última como instrumento de Deus para operar milagres.
Na Bíblia encontramos alguns conceitos de fé, e sobre eles tenho mergulhado, pensado e orado, pois se a fé é o que move o coração do Pai, e é o que toca o sobrenatural do reino, eu, particularmente, preciso muito mais do que saber sobre uma teoria bonita, ou sobre Teologia, o que preciso urgentemente é encontrar o sentido da minha  "fé" no dia a dia e vivê-la plenamente.
Vamos comigo nessa jornada?
Bem vamos primeiro excluindo o que não é fé:
-Fé não é um achismo. 
-fé também não é um pensamento positivo;
-fé também não é uma verbalização positiva;
-fé também não é um sentimento forte...(tá apertando?)
-Fé não é uma mentalização dos nossos desejos;
-Fé não é a matéria, a coisa, a resposta, a conquista, a realização.
Conforme fui eliminando esses aspectos, o conceito desse principio espiritual começou a clarear o pouco mais para mim, espero que para vocês também.
Gente, a fé seja ela qual for, sinceramente acredito que se origina primeiramente em Deus. Ele já nos fez com esse depósito em suas várias facetas e níveis possíveis.O homem pode usá-la para Deus, ou não, mas está disponível dentro de cada um de nós, podemos desenvolvê-la, alimentá-la, ou matá-la. No quesito salvação, ela é imprescindível. “Vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus”, Ef 2: 8. A fé em Deus então é um instrumento divino para salvação do homem , mas além de ser um instrumento de salvação é também uma ferramenta capaz de remover montanhas, multiplicar cinco pães e dois peixinhos, curar um cego de nascença, transformar um religioso em um servo, abrir madres etc.
Em Hb 11.1-3, vamos ver um significado de fé que acho muito relevante para essa meditação. A fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que se não vêem.
Quando Deus pede a Abrãao Isaque, Abrãao o faz pela fé, que fé era essa, era a certeza da promessa (das coisas) e do caráter de Deus. Mas sua fé ali precisava ser provada pelas obras para ser aprovada e cumprir seu propósito. E para ser aprovada precisava de uma ação, a entrega.
A fé então é a certeza. A fé não é a coisa materializada, mas é a certeza das "coisas" que se "esperam", a materialização vem depois. A fé é o botão que se aperta para trazer as coisas do alto. É o que destrava a porta do sobrenatural.  Notem comigo essas duas palavrinhas importantes e chaves para nossa reflexão:  "certeza  e coisas", certeza, segundo o dicionário online, é caráter, particularidade, ou característica daquilo que é certo, garantido, evidente e indubitável. É saber o certo, confirmar sua existência, sua identidade, legitimidade, seu caráter. Certeza, é! Simplesmente é. Uma cadeira é uma cadeira, pode ser bonita, confortável, feia, dura, mas é uma cadeira, não há o que se questionar.  Outro exemplo, a salvação. A salvação só é possível mediante a aceitação do sacrifício de Jesus, não há o que se questionar, crer ou não crer não muda o fato de que Jesus é o único Salvador. Se você crer isso lhe levará a uma experiência pessoal com esssa verdade, se você não crer essa certeza existe mas não lhe alcança. Entendem? Certeza, é saber que algo existe no reino espiritual, e é real, mesmo que não vejamos, ou toquemos, mas sabemos que está lá, está garantido para nós filhos. De onde vem essa certeza? Do espírito,  e dos fatos. A fé não é cega, ela enxerga pelo espírito, mas o espírito precisa estar vivo para receber revelação do que há no reino específico para cada um de nós. 
E as "coisas"? Que coisas são essas? Coisas, são promessas, são pedidos, necessidades colocadas diante de Deus. Se coisa é promessa, ou pedido legítimo, então com "certeza" pode-se aguardar uma resposta, porque essa coisa "é", existe, está legitimada pela palavra, não será ignorada no tribunal de Deus. Imagine que no reino espiritual, nas regiões celestes tem muitas lojas, vitrines, shoppings e mercearias de todo o tipo. Tem lojas só de conforto, paz, esperança, saúde; outra só de reconciliações, afeto, amor, alegria; e por aí vai... penso que a fé é saber que aquilo que estou pedindo existe lá no reino, e quando oramos " que venha o teu reino", tudo se torna acessível, pois tá nas prateleiras o que já nos foi revelado ou pela Palavra, promessa, ou no espírito. Isso é fé.  Quando o tempo converge com o pedido, a coisa desce! Sai da loja para as nossas mãos, vem para o concreto. Aleluia!!! Algumas promessas de Deus foram exatamente assim em minha vida. O Senhor colocou em meu coração o desejo, o querer e o efetuar, e a partir do desejo continuei orando e crendo, mas também agindo e a aí coisa desceu.
Como um pedido é gerado no reino de Deus? Como um pedido é legítimo? 
Todos os nossos pedidos primeiramente devem ser alinhados com a Palavra, que é a nossa constituição. Pedidos nascem de uma necessidade, de um desejo genuíno, de "um querer e efetuar" que vem de Deus, nossa carne por si só não deseja o bem, o bem que desejamos para nós e para o próximo, vem do eterno. Queridos, temos na Palavra todos os nossos direitos e deveres escritos, legislados e deles podemos nos valer no trono de Deus. 
Os pedidos, também, podem ser gerados no espírito, são intercessões que jamais conseguiríamos produzi-las, mas o Espírito Santo nos traz, vem dele, e é fundamentada na vontade do Pai e direcionada a nós para a materialização de sua vontade.
Fé também "é a convicção de fatos que se não vêem" (Hb 1.1b). Convicção já fala mais do subjetivo, de valores, crenças que possuímos. E fato é algo que já aconteceu. Coisa cuja a realidade pode ser comprovada (Dic online). Se olharmos para a Bíblia vamos nos deparar com inúmeros fatos acontecidos que nos revitalizam a fé, a cura da mulher hemorrágica, do cego de jericó, a mulher cananéia etc. Isso nos respalda, pois se aconteceu uma vez,  pode acontecer novamente, porque já há um precedente. 
A fé portanto também tem esse aspecto, ela pode ser utilizada segundo esses parâmetros, baseada em fatos reais e em fatos invisíveis, ambos já acontecidos ou na história, ou no reino espiritual. Isso significa que a fé, é essa convicção de algo não apenas espiritual, que já existe nas regiões celestes, no reino, mas é um fundamento para argumentarmos com Deus sobre as nossas causas. Podemos colocar esses fatos diante de Deus, e pedirmos que nos atenda mediante essas realidades já confirmadas, e vividas, de curas, milagres, restaurações, reconciliações, libertações etc.
Chegando ao final dessa caminhada com vocês, quero ler esse último texto de Tg 2.17 e 20 /22 Assim, também a fé sem obras, por si só está morta. v. 20 Queres, pois ficar certo, oh homem insensato, de que a fé sem obras é inoperante? v.22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou"...
Bem, segundo o texto, a fé precisa da ação para ser ativada, ser operante. A partir de uma certeza, que já existe no reino espiritual, devemos implantar uma ação. É nesse encontro -  fé e ação - que a materialização, a plenitude da fé,  o sobrenatural acontece. Que tremendo! Que desafio para mim, para nós, não é?
Queridos, Deus não se move pelo melindre, pelo dodói, pela pena de si mesmo, isso não aciona Deus, acredite. O que aciona Deus é a nossa fé. Mude sua visão do reino e de si mesmo.
Abrãao tinha uma promessa de ser pai das nações, mas nem podia gerar um filho. Só depois de 25 anos de liberada a palavra, que ele depois de permanecer crendo e agindo (fé plena), que a promessa chegou, Isaque chegou. Mas como se não bastasse tanta espera, Deus ainda lhe deu uma nova prova, era preciso entregar Isaque, a semente da fé. Para Abraão ser um multiplicador, um pai de multidões, precisava vencer essa provação, produzir perseverança, ter ação completa.
Em Tg 1.3-4 diz: "Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros em nada deficientes" (Tg 1.3-4). Abraão tinha um nível de fé para alcançar a promessa, e era só nesse nível de fé, "perfeição, integridade" que geraria nações. E não se trata aqui de uma perfeição humana, mas divina. Essa perfeição foi trabalhada nele, com o fim de lhe tornar apto a trazer a existência, não apenas Isaque, mas povos gerados em Deus para seu propósito. A fé para gerar Isaque, trouxe a semente da fé para gerar nações.
A fé unida a ação, traz a resposta. Traz uma benção dispensada num propósito altamente elevado, não humano, mas eterno. Não conseguimos nem alcançar a sua dimensão. É maior do que pedimos, é maior do que fazemos, é muito maior, e muito mais significante.
Cultive a fé. "A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus". Ouça sobre Deus, ouça testemunhos de cura, de respostas de Deus. Leia a Bíblia, leia livros de biografias de homens e mulheres de Deus. Busque-o, provoque-o, você é filho. Deus tem feito por toda terra, sinais, maravilhas ecuras e quer fazer de novo em você.
O Senhor tem feito tanto em minha vida, que só o fato de estar, hoje, aqui meditando e escrevendo, depois de tantas lutas, medos, e crises vencidas é tremendo. Tudo isso é tão milagre, que não tenho nem palavras. Deus é quem me levanta,  quem me direciona, quem me ajuda, quem me sustenta. Sempre foi Ele. A Ele a honra e a glória por tudo! Te amo Senhor!!!
Hoje preguei para mim mesma, minha fé está mais fortalecida ao meditar na Palavra com vocês, espero que edifique e lhes traga um novo ânimo e um novo entendimento também. 
Deus os abençoe e que cada pedido legitimado, diante de Deus, seja respondido e o nome de Jesus, glorificado em suas vidas e nas de muitas outras. Amém?
Creia, Aja,e viva o sobrenatural.
No amor de Cristo, Ara Brandes

17.5.14

Buscando um sucesso de excelência!

Texto para meditarmos:

"Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos?Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão? Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou como conselheiro, o ensinou"... Isaías 40.12-13
"A quem, pois me comparareis para que eu lhe seja igual? - diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou esta coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar"...25-26
"Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. Isaías 40.30-31

Essa é a receita da satisfação, do que chamo aqui de sucesso excelência.  Espere em Deus,  suba, receba a visão,  execute, e desfrute
Quero compartilhar com vocês hoje, sobre o difícil desafio de "Esperarmos em Deus". 
Mesmo nós que cremos, que declaramos  a nossa fé em Deus, que somos convictos de nossa caminhada com Cristo, muitas vezes na prática, falhamos por não confiarmos em Deus.
Decidimos, escolhemos, fazemos e governamos a nossa própria crise, à nossa própria vida e às vezes o próprio ministério. 
Queridos, quero deixar claro que acredito na autonomia, e na maturidade, mas sem dúvida ela tem que passar pelo Deus que cremos, o Senhor dos senhores, por sua Palavra.
Para esperarmos em Deus, precisamos conhecê-lo. Só o conhecimento é que nos capacita a crescermos na confiança e segurança no nosso relacionamento com Deus. Como se conhece alguém?  Investindo, andando junto, comendo junto, observando, conversando, ouvindo... Com Deus é assim também.  Temos que andar com Ele e ouvi-lo. Como? Tendo uma vida de oração, adoração leitura da Palavra, ações de amor, ações de graça, misericórdia, perdão e comunhão com o corpo. Esse é um estilo de vida de quem quer andar com Deus e conhecê-lo.
O texto de Isaías 40.12 a 31, traz uma descrição sobre a grandeza de Deus e o porque devemos esperar nele. O profeta nos dá uma descrição, vinda do Espírito, sobre quem Deus é, o que ele faz, e porque é digno de confiança e fidelidade.
Deus é soberano, forte, poderoso, criador. Ele criou todo um universo, Ele o  controla, e o sustenta com precisão. Mas é interessante que esse mesmo Deus que fez e faz toda essa logística maravilhosa todos os dias, também olha para nós humanos, feitura de suas mãos, e nos percebe! Ele tem toda uma logística para nos sustentar e nos cuidar e essa passa por seus princípios, leis, passa pela Cruz. A base de uma relação com o criador é a fé em Deus, por meio do sacrifício de Cristo. A base é a confiança. Para que seja estabelecida uma relação de amor entre nós e Deus é necessário que confiemos nele.
O Senhor nos conhece. " Se subirmos ao céus la estás, se no abismo tiver nossa cama, lá Ele está"... (Sl 139). Ele vê o nosso estado, importa-se e nos sustenta, nos renova. Ele não ignora sua criação - o homem. "Ele faz forte ao cansado e multiplica as forças aos que não tem nenhum vigor". Is 40.30
Ele espera de nós - confiança. O profeta antes de chegar ao v. 31, ele descreve o criador, descreve o seu poder e majestade, e esse é o nosso Deus. Um Deus não feito por mãos humanas, mas nosso Deus é absolutamente confiável, justo, santo, perfeito, puro, poderoso, criador, único, soberano, onisciente, onipotente, onipresente, amor, fiel etc.
No texto de Is. 40.30b diz: "os jovens se cansam e se fatigam e os moços de exaustos caem". A juventude não dá garantia de força, de alegria. Se sua juventude não estiver firmada no seu criador, será uma "força" desperdiçada. Uma juventude sem Deus é uma juventude deprimida, cansada e sem motivação real de vida, pois toda a sua fé, e sentido são depositados em  coisas, pessoas, diversões, prazeres, aquisições. Os jovens tem vivido uma busca desenfreada por aceitação e afirmação e nada disso pode preencher e dar sentido a eles, mas os cansa muito, pois não encontram satisfação e só aumentam os apetites desordenados.
Pensem comigo: Como estão nossos jovens hoje? O que eles buscam? A quem reverenciam? Quem são os seus referenciais? A que Deus servem de fato? Com quem parecem? Como se se sentem? Como se expressam?
Amados a nossa garantia de vigor e força é o Senhor, só Ele pode nos renovar. As vezes eu ouço, e você também já deve ter ouvido, quando alguém tem um problema, ou está passando por um vale, uma perda, que seria melhor sair para se divertir, ou fazer uma viagem, conhecer outra pessoa, arranjar outro namorado, marido, e por aí vai. Entendo e sei que as pessoas fazem isso pensando no melhor, em ajudar, em tirar a pessoa do foco da dor, tentam consolar, e sei que há momentos em que isso é indicado, mas não pode ser uma fuga do problema, não pode ser uma alienação da experiência. Esses conselhos devem ser encarados apenas como uma busca de ajuste, organização mental e emocional; de novas percepções para o enfrentamento e soluções de problemas, caso contrario só nos levará a uma negação e repetição de escolhas e comportamentos  no futuro. 
O texto nos orienta a esperarmos no Senhor, o que significa aguardar, ficar onde se está, debaixo de sua Palavra, até que Ele se manifeste. Sem precipitações, nem distrações, com o foco Nele  até que a resposta chegue e o renovo desça do alto, do alto.
No v. 31 diz: "mas os que esperam no Senhor, renovarão as sua forças, subirão com asas, como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão". 
Por que esperar? Porque para seguir é preciso força, e nova orientação. Imagine você na sala de espera do consultório  de seu médico, em quem você confia, e sabe que o que ele lhe disser é o que você provavelmente fará, pois você acredita que ele tem qualificações e competência para isso. Agora, se você se distrair, sair da sala de espera, da sua zona de convergência poderá perder o momento da chamada, e aí? É certo que terá que marcar novo horário, e da próxima vez terá o cuidado de não se distrair, pois você sabe que precisa da orientação de seu médico para saber o que fazer, qual procedimento aplicar em sua saúde. Assim é com Deus, se você confia e o conhece, você vai aguardá-lo. Você não deseja ser atendido por outro "'deus", ou deseja?  

Fases ou ciclos emocionais, espirituais, e naturais da vida

 "Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas, como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão.

1- "Mas os que esperam". Fase do aguardo, da obediência, provação da fé, e do caráter. Essa é a fase onde devemos esperar o  comando do Senhorr. Aquele que espera no Senhor, confia e busca a sua vontade, só se move pela sua direção. Hora da Espera!!! Nessa fase é também trabalhado dentro de nós o fruto da paciência e longanimidade. Por mais que doa, por mais que desejemos outras coisas, que queiramos resolver logo, que tenhamos impulsos, Sabemos que não podemos nos entronizar como deus, guiando nossos próprios caminhos. Não temos essa competência, reconhecemos nossa pequenez e sabemos quem é nosso Deus, e que sendo Deus, Deus, o melhor é esperarmos, e crermos nEle. 
2- "Renovarão as Suas forças". Fase do Renovo, crescimento, dependência de Deus. Depois de esperarmos, chega a hora em que finalmente o dia chega, o socorro vem, a resposta e o renovo do Senhor nos encontra. E ao nos encontrar, Ele vê como estamos, do que precisamos, nos renova, nos fortalece e nos direciona. Saímos do escuro, da incerteza, da dúvida e agora temos combustível para a vida, para as decisões. É um reabestecimento espiritual, emocional e físico para a próxima fase. Sem isso não é possível prosseguirmos. So aí recebemos sopro, vida, vigor, o peso é tirado para começarmos a subir.
3- "Subirão com asas, como águias". Fase da eleveção, do deslocamento, movimento. O Senhor nos da asas, nos levanta.   É hora de subirmos, de nos movimentarmos, de sairmos do lugar de espera para o lugar de vôo. Nessa fase saímos do foco do problema, vemos o tamanho de Deus, sua grandeza, recebemos suas revelações, somos elevados para uma nova fase de compreensão do vivido. Deus nos dá uma panorâmica de nossa vida, e da situação que estamos vivendo, ele traz um sentido para a dor, o problema. Recebemos asas para voar, ficamos leves.Somos elevados pelo Senhor para novos vôos, novos lugares, novas escolhas. Vamos para os lugares altos, lugares que jamais, por nós mesmos,  poderíamos ir. 
Subimos, não de qualquer forma, mas subimos como águias, com uma visão profética, uma visão do próprio Deus, uma visão panorâmica, de totalidade, não uma visão focal, só do problema, mas vemos além dos problemas, vemos os problemas no tamanho certo, e vemos o tamanho do nosso Deus. E isso nos dá a percepção correta, e não distorcida, porque não vemos pelos nossos olhos, mas pelos olhos do Senhor. Vemos as coisas, os problemas, a dor, a nossa vida, nessa etapa com nitidez, profundidade, clareza, e convicção. Nessa fase é preciso voar como águia, não como uma pomba, não como um pardal, mas como águia. Olhando para o alto, para o sol da justiça, não para a comida, ou para lugar de pouso, mas para Cristo. É nesse momento, nesse subir, nesse voar que recebemos a visão de Deus sobre nós. É uma fase de deslumbramento, de sonhos.
4- Fase da Execução- Então, depois de recebermos renovo, alívio, asas, visão, é hora de aterrizarmos, de colocarmos os pés no chão, de aplicarmos a visão recebida. Se ficarmos só voando, só observando não aplicaremos nada. É no chão que está o nosso destino profético, nossa missão. É no pé da montanha. Nessa fase há muito movimento, desejo, alegria e pressa para agirmos segundo a visão recebida. Há uma aceleração para colocarmos a vontade de Deus em prática, no tempo da ação. Não há cansaço, há vigor, porque vem de Deus. Por mais que haja trabalho, correria, porque essa é a fase que temos que correr mesmo para implantarmos a visão e não a deixarmos escapar. É uma fase de diligência, vigilância, disciplina e ação. Temos que escolher viver o presente para conquistarmos o futuro.
O texto diz: "Correrão, mas não se cansarão". Essa é uma fase de adrenalina do espírito, sentimos aquela força especial para fazermos as coisas que achávamos impossíveis.
Depois tem a última fase, 5- Fase do assentamento, da colheita, do prazer. " Caminharão, mas não se fatigarão". Ainda há movimento, mas não há pressa, é o momento de desfrutarmos das bençãos, dos resultados, dos fechamentos dos problemas e aberturas de novas coisas. É a hora de glorificarmos a Deus por seu socorro, seu sustento e por nos conduzir a plenitude de nossa missão, propósito e chamado com solidez.  É também o tempo da maturidade, onde o movimento é direcionado não para conquistas, mas para o compartilhar, o dividir, o usufruir das conquistas e experiências. A preocupação é deixarmos um legado com tudo que foi vivido, e aprendido. Não há fadiga, há alegria, há movimento, há dignidade e honra.

Amados, vejo nesse texto uma forma de Deus nos ensinar sobre o cliclo vital - Infância, juventude, velhice. Isso se aplica, tanto ao natural, como ao espiritual. Diante de um problema iremos passar por esses ciclos, se estivermos esperando nEle, isso é promessa. Com Deus, não há cansaço, há vigor em todas as fases. Fico pensando que se estamos cansados, é provável que em algum momento tenhamos decidido, por nós mesmos nos dirigir, e não esperarmos a vontade de Deus, e por isso carregamos o preço dessas escolhas. Ficamos cansados, desesperançados e não chegamos a plenitude do propósito de Deus, em cada fase, ou em cada  situação. Se esperarmos no Senhor teremos a garantia de força, e de qualidade de vida em todas as fases. Sonde seu coração, e responda: confio em Deus mesmo? Entrego e espero nEle até que venha renovo, asas, visão, execução e gozo, ou tomo minhas próprias decisões sozinho, pelos meus próprios interesses? Vivo independente de Deus?
Quero incentivá-los a viver esse ciclo de vida, não segundo as literaturas, a ciência, a mídia, mas segundo o que nos diz o Senhor e a sua Palavra. Amém?
Espero ter acrescentado algo à sua vida,  quem sabe, pelo menos uma pedrinha em sua edificação espiritual. 
No amor de Cristo, Ara Brandes

Leia tb: http://arabrandes-restaurando.blogspot.com.br/2011/08/series-de-tres-mensagens-sobre-o-perdao_31.html

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