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20.9.18

A ENTREGA

"Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai". Jo 10.17-18

Uma pessoa querida, muito amada amiga da Missão, e que vem sendo cuidada aqui (V💓) na Missão, nas Salas, dia desses me disse algo muito lindo que tocou as verdades do meu coração: Ara, sua entrega me ensina, ministra a minha vida. Uau! Será que tem feedback mais relevante que este? Isso me levou também a algumas reflexões sobre a entrega. O Espírito Santo me falou assim: Ara, a entrega é a mais poderosa pregação! Uau de novo!!!! Sabe do que me lembrei? Lembrei-me de Cristo, lembrei-me da cruz, lembrei da prova mais concreta de amor, sua entrega total, sua vida.

 Jesus podia ter operado muitos milagres, expulsado muitos demônios, podia ter tocado multidões, mas se não tivesse ido para a cruz, tudo acabaria aqui, nessas ações, sem repercurssões eternas. Mas Jesus não entregou só um pouco de si, mas se esvaziou completamente, como lemos em Fp 2, tornou-se gente para alcançar gente, mas não apenas isso, Ele escolheu voluntariamente, com a autoridade que lhe cabia, entregar-se, não foi por obrigação, sua motivação foi o amor, perfeito amor. Ele desejou perder para que ganhássemos, Ele escolheu renunciar não só a glória, mas os prazeres da vida, voluntariamente. Ele desejou negar-se em prol de mim e de você, por amor ao Pai.

Jesus, deixou a sua glória, seu lugar, sua moradia celeste para vir habitar em vasos de barro, para que os vasos de barro pudessem ir morar com Ele um dia. Ele fez vaso de barro se tornar eterno. É, foi isto que Ele fez, e foi por amor.

Você deixaria de morar num lugar maravilhoso, onde tudo era perfeito, em sintonia, onde você só era amado, honrado? Onde tudo funcionava harmonicamente, sem rejeições, guerras, injustiças, perseguições? Por que alguém faria isso? Por quê? Senão por amor? Jesus o fez. Sua entrega foi total, plena, e voluntária. Ninguém matou Jesus, ninguém teria esta autoridade, nem este poder.

 Ei, Jesus não foi vítima da cruz, Jesus foi consciente, responsavelmente para ela, sabendo de todas implicações dela, e foi como um Cordeiro mudo, entregou-se para que se cumprisse a escritura e o propósito de Deus, "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la".

E foi ali, naquela cruz, que a pregação mais poderosa foi proclamada de uma vez só, a toda a humanidade. Não foi a eloquência, nem uma boa oratória, não foi performance, nem um discurso apelativo recheado de beleza humana, mas sua pregação mais poderosa foi morrendo, dando-se, foram gemidos, agonia, dor, sangue, e a convicção de manter-se humano diante da injustiça, podendo sair da cruz num único ato de vontade, mas decidiu permanecer e aceitar o sacrifício até o último suspiro, pois, claro, que podia com o seu poder se livrar da cruz, mas não o fez, aguentou, suportou, podendo não suportar, ficou ali preso na cruz até cumprir sua missão, a entrega. 

A entrega de Jesus me revela sua prioridade, seu alvo! Pelo que Jesus morreu? Pelo que você seria capaz de morrer, e ser obediente até o fim? Se responder isso você conseguirá definir onde está o seu propósito e chamado. Só nos entregamos pelo que somos capazes de morrer, se necessário for.

Abraão primeiro teve que "matar" a Isaque, seu filho, mas quando Deus lhe pede este sacrifício ele mostra que seria capaz de fazê-lo, ou seja, ele matou o seu filho e morreu também (no coração) por amor a Deus e a seu propósito. Deus só queria libertá-lo do que poderia lhe prender lá na frente. Abraão voluntariamente escolheu obedecer a Deus. Poderia ter dito não, poderia ter se recusado a prosseguir, ou ir obrigado, reclamando, mas não foi assim, ele foi porque amava a Deus e confiava no seu amor. Não procurou se salvar, ou salvar o seu filho com a influência que tinha, aceitou, rendeu-se.

Este talvez seja o grande desafio de cada um que escolhe viver para Deus inteiramente, salvar-se. Salvar-se da cruz, das dores, do sofrimento, dos desertos,  por causa dEle. Salvar-se do sacrifício que é "morrer" "para que outros possam viver". Se você usa o poder, a plataforma que possui, a influência que tem para livrar-se da cruz, da sua missão, ou para se aliviar da dores da entrega, você não está apto para o chamado, faça qualquer outra coisa nesta terra, mas ministério, seja ele qual for, é entrega voluntária e total, é renúncia consciente e vívida, real, é muito maior que você, e é por uma causa muito maior -vidas-.

A entrega é o deixar-se consumir, primeiro para Deus, sem reservas,  até o último suspiro, segundo, doar-se para os que Deus nos confiou cuidar, curar, amar, dentro da visão de Deus, da identidade ministerial, pessoal, nada tem a ver com obrigação, a obrigação vem do comprometimento com o amor, e com o quem amamos. A obrigação não é a motivação, jamais, logo, não é um fardo descomunal, fazemos porque pulsa, e nos alegra interiormente servir a Deus, e saber que outros viverão quando morremos.

A entrega não mede esforços porque carrega  uma visão de Deus, um propósito, e uma graça do Pai para trazer vida do alto. A entrega não é uma fala, a entrega é um modo de viver baseado na missão que temos. Relações, moradia, investimentos, capacitações, treinamentos, ministérios, leituras, música, tudo que você consome... o comer, o lazer, o vestir, o ter, o ser tudo está relacionado com o propósito final, com a missão que carregamos, deve ser assim, e isso é bom, traz paz, confiança, crescimento. Mas quando desalinhados muita confusão e perda de tempo, e investimentos fracassados.

Um erro que ouvimos muitas vezes nas falas de tantos ministros é de que a obra é um fardo, que é penoso, que é isso ou aquilo... são tantas reclamações, e queixumes... ao mesmo tempo vejo nisso  notificações de um desalinhamento do chamado, porque para todo chamado há uma graça específica derramada, e uma unção capacitante para que a obra seja desenvolvida com alegria. Mas quando a obra vira Deus, e o ativismo toma de conta, a insatisfação começa a gritar, sinalizando o desvio, o desajuste, e aí é a hora que precisamos ser sensíveis e nos alinharmos ao coração de Deus.

Querido, não faça nada para Deus movido por obrigação,  ela faz parte, mas nunca pode ser o motivador, isso é religiosidade. Faça porque aceitou o chamado e seus encargos e responsabilidades. Faça porque ama a Deus, e se vê privilegiado em servi-lo. Faça não porque tem talento e dons, não por reconhecimento, faça porque ouviu a sua voz e isso basta. Faz muita diferença na qualidade da sua entrega; fazer por amor, ou por obrigação.

Por exemplo, se eu faço um almoço porque amo minha família e quero alimentá-la, me movo primeiro pelo amor, e pelo senso de dever que advém do amor, e o farei com alegria, entusiasmo, criatividade, abertura, cooperação; consciente do trabalho que terei, da renúncia que farei, mas visando o bem comum, o todo, a causa maior, a comunhão, a nutrição, o amor. Agora, se faço porque tenho que fazer, porque sou mãe, me moverei já pelo peso, ja irei em outra qualidade de serviço, de entrega, mau humor, desprazer, reservas, condições, cobrança, darei uma outra qualidade, compreendem? Faz diferença no como me entrego, no por que me entrego e o que entrego.

Entrega e reserva são incongruentes, alguém que se entrega com reservas nunca terá o gozo completo. A reserva denuncia controle, mensuração, enquanto a entrega é doação plena, livre, e cheia de prazer eterno.

Renda-se  a Deus, saia do controle, e veja o que acontece. Seja inteiro no que faz! Exercite isso e verá uma outra qualidade emergindo em tudo que produzir. Mova-se só pelo amor, de fato.

O amor não cobra, o amor entrega. Se  você escolheu entregar não reclame mais, por favor, viva o preço do chamado, e todas as suas implicações conscientemente, porque vale.

Estou aqui escrevendo para você do outro lado, estou me entregando, renunciando tantas outras coisas, inclusive importantes, mas pulsa em mim o desejo primeiro, hoje, de que você possa ser tocado, e possa encontrar uma inspiração para mover-se numa qualidade maior no servir a Deus, e as pessoas, então eu escolhi vir aqui, priorizar este tempo porque desejo, e porque quero abençoar você. A casa ainda está bagunçada, a comida ainda não foi para o fogo, mas decidi consumir este tempinho aqui com você, e começou cedo, lá conversando com Deus no banheiro, depois buscando uma foto, a inspiração, o conteúdo, e aqui estou eu, inteira, animada, empolgada pelo Espírito Santo enquanto escrevo para você, mas não para por aí, depois vem a edição, correção de texto, para só então entregar a você o melhor que posso hoje.

Predispus-me a estar livre para Deus me usar, e falar com você hoje, por este meio também, podendo alcançar dois, três, vinte, 50, sei lá, mas sempre tem chegado a um povo. Compartilho isso para vocês entenderem que sempre tem renúncia e perdas envolvidas, mas que vale à pena, porque o que é divino, é eterno. Comida se vai, palavra de Deus não.

Assim deixo um pouquinho de eternidade para você! Que Deus fale ao seu coração. "Não só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus".

"Ninguém a tira de mim, eu mesma a dou".


No amor de Cristo, Ara Brandes

24.8.18

A CONTEMPLAÇÃO, UM ESTILO DE VIDA - ABSORVA DEUS CONTEMPLANDO.

A CONTEMPLAÇÃO, UM BÁLSAMO PERFUMADO PARA ALMA.

"E viu Deus que era bom" Gn 1.

É raro em nossos dias observarmos as pessoas pararem para contemplar. Esta é uma prática tão essencial para o espírito, para a alma, mas tão ignorada em nosso cotidiano.
Contemplar é parar intencionalmante para ver o belo, para admirar a criação, o bem... é silenciar tudo ao nosso redor para absorver Deus, seus feitos, sua grandeza. É parar para estar em relação com a beleza, e o silêncio.

Para-se para ouvir notícias repetidamente e sistemáticamente amedrontadoras, pavorosas, feias. Para-se por horas diante de "telas", mas não para contemplar, não para admirar o belo, conscientemente, mas só para nos entretermos. 

Para-se diante de obras de mãos humanas, belas também, mas rígidas, inamimadas, úteis sem dúvida, mas também corrompidas e sedutoras. Pensadas não apenas para facilitar a vida humana, mas para gerar riquezas, para seduzir, capturar, e dominar a nossa atenção e interesse. 
E isso rouba o nosso tempo, e nossa energia,  e com a nossa permissão velada. Todo um "belo" montado para nos seduzir, captular e viciar a nossa mente  a um único ambiente. Isso não é contemplação.


A contemplação, no entanto, é um convite de Deus ao homem para refletir sobre a vida, sobre Deus. Um convite para conhecê-lo, seja observando a natureza, ou  a uma linda obra de arte inspirada, em suas variadas nuances e formas, mas parando por inteiro, relacionando com o que vê,  ouve e sente.

O homem que contempla, aprende a agradecer, a dimensionar o tamanho de Deus, e o seu poder. 
O homem que contempla, ensina a alma a absorver a paz, a ordem, que vem não da perfeição das circunstâncias, mas da grandeza de Deus e de sua soberania sobre todo o universo. 
O homem que contempla aprendeu com o Criador a admirar e a desfrutar de sua obra, de seus feitos, de suas conquistas com Deus, e em Deus.

A contemplação nos treina para o aperfeiçoamento e aceitação da nossa humanidade.
A contemplação traz o belo para dentro de nós. Precisamos parar para ver o belo, absorver o belo, em meio a tanta feiura interior e exterior. E devo dizer que o belo não se reduz a uma estética performática, mas a um olhar de importância, e de valoração. É uma percepção de valor. O belo nem sempre é tão óbvio, mas existe, é preciso parar para encontrá-lo, e sabe de uma coisa, quando se encontra o belo, encontra-se Deus, indubitavelmente.

O belo pode ser encontrado na adversidade, na tempestade, na dor, no aparentemente contraditório. Existem belezas mais profundas, que não estão na superfície, será preciso parar mais, cavar mais, até achar. Não é assim que se encontra as pedras mais preciosas, mais raras e mais belas?

O belo pode estar na superfície? Sim pode. O belo pode ser comum a todos? Sim pode. E ainda assim será preciso parar para absorvê-lo em seu dia a dia, integrá-lo a quem você é. Mas sem contemplação, vê-se, mas não se enxerga, muito menos, absorve-se, e absorção de Deus é essencial para a nossa ordem interior.

É muito provável que você não se dê conta do quanto os seus sentidos estão saturados e desgastados pelo que você vê, ouve, sente, toca, mas estão. Tudo que você contempla sistematicamente se torna parte de você. 

Pergunte a si mesmo: o que tenho contemplado diariamente? Para onde está voltada a minha atenção e concentração?
Deixe eu lhe dizer algo: nossos sentidos estão cansados de receberem e absorverem o mal, o "feio", o desagradável, o sujo, o corrompido. Tem beleza emergindo  o tempo todo. A vida não é só maldade, e não é só a parte que nos é contada, informada. Não é só noticiários de morte, violência, e corrupção. 
Saia dessa fixação, seus sentidos precisam de descanso, de pausas, precisam capturar a beleza que mora na simplicidade, na gentileza, na compaixão, nos laços reatados, nas trocas de ternura, na rusticidade das pedras, nas almas acendidas, apaixonadas, nos encontros da dor, nas descobertas da força humana, e superação, nas diferenças... O belo transcende a estética.

A estética é apenas um chamariz para o encanto, um pretexto importante para nos aventurarmos e irmos além, tirarmos a segunda camada para chegarmos na beleza essencial, profunda.

Descobrir a beleza é para os contemplativos, para os que exergam, para o que não estão mergulhados em si mesmos e em seus padrões, mas que intencionam encontrar o belo, sempre. 

Ser contemplativo é para todos, mas nem todos querem, nem todos valorizam, ou se entregam a essa experiência. 

A contemplação é um exercício, e um modo de vida, e pode ser desenvolvido, é saúde.  

Pense comigo: o que há de belo numa briga? Talvez você responda, nada. E eu digo a você, eu vejo. Numa briga honesta, justa? Sim, eu vejo. Quem briga tem garra, tem interesse, tem força, e isso é extremamente belo e rico. Feio é o desinteresse, é a indiferença, é a ausência de luta.

O que há de belo, no sertão? Para os que enxergam? Encantador! Encantadora a terra, a luta, a gente! Gente bem gente. Ah, encantadora a força do sertanejo, o valor que dá a vida, a água, à sobrevivência, a chuva.
Particularmente vejo na contemplação a oportunidade de me melhorar, não sei você, mas todas as vezes que paro para observar as aves, o céu, o novo, o belo diante de mim, raso ou profundo, coloco-me pronta para o fenômeno, para ser tocada pelo que vejo, e reflito sobre a vida, sobre mim, sobre Deus... sinto-me convidada a ampliar o conceito do que vi um dia, e do que vejo hoje.

Ah queridos, Deus nos ensinou a contemplar, desde o princípio, quando criou o mundo. Em tudo que criara, Ele parava para contemplar, para declarar, atestar, validar, e assinar: "é bom".
A contemplação também é exercício de avaliação, de reflexão do que fizemos. É quando paramos para observar, usufruir, e desfrutar do que executamos. Esse exercício é de extrema relevância para fecharmos o que começamos com alegria. e gratidão. É sem dúvida gratificante percebermos que em tudo que fizemos demos o nosso melhor, demos de nós mesmos na obra feita, isso é bom para a alma. A alma precisa disso.

Por fim,  a contemplação:

1-Revela a grandeza de Deus e seu amor
2-Silencia todas as vozes e isso o levará a escutar o essencial;
3-Promove em você sempre bons sentimentos, gratidão, segurança, reflexão, alegria, bem estar, sensação de ordem interior, paz...
4-Revela sua desordem;
5-Acalma sua mente, descansa os seus sentidos;
6- Integra o belo
7-Promove reflexões e sínteses da caminhada, novas mudanças e acertos.
8-É extremamente terapêutico
9-Reconecta você com Deus
10-Expõe seus sentimentos e sentidos para absorverem a bondade, a beleza, o bem, a quietude.

Convido você a parar para contemplar, e a introduzir essa disciplina na sua vida. Além de todos os benefícios, ela promove saúde e conexão com você e com o seu criador, e isso é bom!!! Experimente você mesmo.

A contemplação é um exercício para os dias bons e maus, feios, ou bonitos, transcende ao lugar, embora este também seja importante. Você pode ser consciente, e intencional na busca, e no  desafio de enxergar e encontrar onde está o belo da dor, das diferenças, do inesperado, nem sempre é tão óbvio, acredite, mas existe.

Desafie-se a encontrar a beleza para além dos padrões seculares, esperados, e aceitos. Mas, para isso é preciso parar 'para', e com a intenção de. Parando para observar os homens de Deus na Bíblia, vejo como este exercício de contemplação, era uma prática usual, comum. E o mais interessante ao lermos suas experiências é que nos dias mais funestos, sombrios, negros, a beleza nascia, surgia. Emergia da escuridão dos vales, desertos, poços, perseguições, dores, decepções, sofrimentos. Quantas poesias, cânticos, experiências, e sínteses fluíam de suas jornadas interiores... Ah, que aprendamos a contemplar e a descobrirmos as dádivas que existem quando paramos para enxergar Deus, na guerra, ou na tempestade, na vitória ou no fracasso, na noite escura, ou no lindo dia de sol. Como diz a música do  Estevão Queiroga "descobri que os dias mais sombrios, também são teus". Jesus também nos ensina a contemplar como exercício de conhecermos o Pai. Em Mt 6.26 "Olhai para as aves do céu", no v 28 "olhai para os lírios do campo", e aqui, Ele está ensinando os díscípulos a contemplarem, e observarem o funcionamento da criação de Deus, da soberania e cuidado do Pai, pois ao fazerem isso internalizariam uma verdade - o Pai se importa e está cuidando de tudo, também, e primordialmente, dos seus filhos.
Termino deixando uma linda poesia do Rei Davi, um homem de Deus treinado no fogo da perseguição a contemplar e a descobrir sempre o belo, Deus, em tudo que viveu.
A contemplação portanto, é um bálsamo perfumado para a alma cansada.


Salmos 19

"OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.  Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.  Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.  A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,  O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.  A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.  A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.  Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos.  O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.  Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.  Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhorie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.  Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu"!

No amor de Cristo, Pra Ara Brandes

Meu agradecimento a foto cedida com tanta generosidade. Obrigada! 

1.12.15

Pai!


Amados, dei uma sumida do blog, mas estou de volta, pois desse lugar desejo abençoar a sua vida, e trazer quem sabe alguma palavra de fé, de ânimo, de esperança.

Hoje a tarde me deparei com uma cena bem inspiradora, cena essa que me levou a escrever para vocês hoje.
Yuri, meu filho, para quem não conhece, é especial, tem alguns comprometimentos, inclusive da fala, mas no mais é como um filho normal, que ama o pai, admira-o e o conhece. Hoje, assim que o pai dele (Júlio) chegou em casa, ele não o deixou sossegar, insistindo de todas as formas para que o pai saísse com ele, contudo, não estava tendo muito êxito em sua performance. Estávamos na cozinha, e o pai dele disse: vamos para sala para ver se ele esquece um pouco. Bem, fomos para sala, e lá foi o Yuri, logo em seguida. De mansinho, sentou-se ao meu lado, o pai sentou-se do outro lado do sofá, e e Yuri ficou ali, como que sondando o espaço com pai dele, mas de longe. Conversamos e conversamos, atualizando o dia, e aí o pai virou para ele e sorriu, conversando com ele... só bastou isso, era o sinal que o Yuri esperava para continuar sua empreitada, desceu imediatamente do sofá e foi para o lado do pai rindo, e puxando a mão dele, o pai percebeu, e admirado com a tentativa de persuasão, elogiou-o, mas disse que não sairia, que tinha que esperar mais um pouco. Do riso, Yuri foi às lágrimas em atmos de segundos. Vendo que o pai não estava cedendo começou a chorar do nada, e logo após desatou num riso, tentando de tudo para conseguir chamar a atenção do pai para a sua necessidade de sair. O pai finalmente se convenceu que era importante, e mudou os planos, antecipou a saída aplaudindo o seu esforço. Yuri chegou a respirar aliviado, como que dizendo valeu à pena persistir, pai!!!
Isso me fez pensar em como somos como filhos de Deus. Yuri conhece seu pai, sabe como abordá-lo, mesmo levando broncas às vezes, ele não desiste, ele sabe que o pai o ama e que conhece suas necessidades e que uma hora vai lhe responder. Que segurança, não é?
Quando lemos os evangelhos vemos uma estreita relação de Jesus com o Pai. Em tudo o que fazia, Jesus consultava o seu Pai, do início do seu ministério, quando ensina os discípulos como deviam orar, ao Getsêmani quando descreve o estado da sua alma ao Pai, até o Gólgota quando entrega o seu espírito a Deus. Jesus nos ensina algo tão precioso, viver na dependência do Pai. Ele era totalmente dependente do Pai. Em todos os momentos de sua jornada, Jesus separava tempo para falar com o Pai. Nas vigílias, nas orações, no jardim, nos montes, na tempestade, na realização de milagres, no ministério. E é interessante que vemos o inimigo sempre investindo em semear dúvidas no coração de Jesus. Vemos isso lá na tentação do deserto, MT 4.3 quando ele diz: "se és Filho de Deus manda que estas pedras se transformem em pães", esse episódio acontece logos depois do batismo de Jesus, relatado em MT 3.17 quando o Pai o confirma dizendo audivelmente para todos ouvirem:"Esse é o meu filho amado em quem me comprazo", vejo como foi essencial essa afirmação do Pai, essa legitimação de filho, para que Ele vencesse o ataque da tentação no deserto. Vemos, também, lá no Gólgota, quando  Jesus insultado pelos escribas, sacerdotes, e anciãos que escarneciam dizendo " salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É Rei de Israel, desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus pois que venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus, e os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados" (MT 27.42-44), quanto ataque na paternidade de Deus, e na identidade de Filho.
Ao ler esse texto sinto que uma das grandes tentativas do diabo sempre foi questionar a bondade de Deus, do Pai, de colocar em cheque a natureza do amor de Deus e infligir um sentimento de abandono no coração de Jesus, talvez com intuito de gerar nele um "espírito de orfandade". E sabemos que a orfandade pode trazer diversos problemas como: rebelião, ira, orgulho, concupiscência, delinquência, confusão de identidade, baixa auto estima, rancor, independência de Deus, morte. E como estamos falando de Jesus, entendo que o resultado desse ataque, se bem sucedido, seria Jesus fora da cruz, longe da sua missão de nos salvar. O que o inimigo queria era instigar Jesus a pensar e julgar: que Pai é esse que não me salva? Que Pai é esse que me deixa num sofrimento injusto? Que Pai é esse que tendo todo o poder me deixará morrer de forma tão cruel? Mas Jesus conhecia o Pai, e o desejo do Pai era o desejo dele também. Na oração sacerdotal vemos isso: Jo 17.1-3, "Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o filho te glorifique a Ti, assim, como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. e a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus, verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".
Sabe nosso Pai eterno é bom em toda e qualquer circunstância, fazendo ou não o que queremos, Ele continua sendo bom, pois sua natureza não é mensurada pelo o nosso bem estar, mas por quem Ele é. Jesus veio com uma missão, e ir  para a cruz não era o fim de Jesus, mas sim o reinício de tudo, e o começo para nós, pois depois da cruz tinha a ressurreição, a vida. O Pai não queria ver seu filho sofrer, mas era necessário que isso acontecesse, por mais dolorido que fosse. Assim como corta o nosso coração tal sofrimento, muito mais deve ter cortado o coração do Pai, mas Ele aguentou não livrá-lo da cruz (estão entendendo?), porque tinha uma humanidade toda para salvar. Esse aguentar foi por amor. Vou ilustrar de uma forma bem simples, mas concreta, claro que o sofrimento de Jesus não  dá para ser comparado. Mas pense comigo: será que você como pai gosta de ver seu filho sofrer ao tirar uma nota baixa na escola, mesmo depois de ter estudado? Ou você gosta de vê-lo sofrer ao tomar uma injeção porque está doente? Ou vê-lo triste, sofrendo, porque um coleguinha lhe bateu, e brigaram? Ou vê-lo chorando ao chegar à escola no seu primeiro dia de aula?
Você deixou de amá-lo, e de ser bom porque não o livrou dessas pequenas dores? E porque não o livrou? Digo: porque o ama, e amar é dar conta de sofrer junto, para que ele alcance o seu destino, sua plenitude, e você quer vê-lo crescer e viver tudo que tem para viver. Você pode livrá-lo da escola, das injeções, e das brigas com os coleguinhas. Você, como pai, tem poder para isso, mas seria o melhor? Esse é o fim que desejaria para seu filho, viver num bolha? Acredito que não. Seu filho precisa aprender a se defender, e encontrar seus próprios recursos para resolver seus probleminhas desde cedo? Se você como pai o livrasse da decepção na escola, dos desafios com os amiguinhos, das injeções, sem dúvida o pouparia da dor imediata, mas também o pouparia da também da vida.  O que virá depois de tudo isso é crescimento, força, aprendizado etc. Para quê então você o livraria? Só pelo sofrimento? 
Você pode sofrer junto com o seu filho, mas não pode viver a vida do seu filho,
Sabe quando estamos na cruz, quando estamos nos nossos "gólgotas" sofremos as mesmas investidas de Satanás sobre a nossa identidade, sobre quem é o nosso Pai. E muitas vezes começamos a desacreditar da sua bondade, da sua fidelidade, e do seu amor por nós, porque Ele está nos levando a crescer. Me dói o coração falar disso, porque muitas vezes me vi assim também, desacreditada no Pai, questionando o seu amor por mim, mas ao lembrar da cruz, e de que "Ele deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle cresse, não perecesse,, mas tivesse a vida eterna",  retomo à minha sobriedade espiritual e firmo-me na Palavra.
Queridos, nos nossos momentos mais difíceis Ele está ali, sofrendo junto, torcendo junto, iluminando nossos caminhos, e nos ajudando, por meio do Espírito Santo a viver a nossa vida e escolha, a enfrentar nossos "gólgotas", Ele sabe que a cruz aponta para a vida e ressurreição, ( seja ela qual for), O Pai nos sustenta em força, porque nos quer ver maduros e vivendo todas as promessas. Não espere que Ele o livre da cruz, da sua missão, mas espere a ressurreição no terceiro dia, porque depois da cruz vem a vida, vem a glória, persevere crendo. Quando conhecemos o Pai, nada nos abalará, porque Ele está no controle e fará  o melhor por nós. 
No começo desse post, falei da relação do Yuri com o pai dele, como ele espera do pai algo bom, e espera porque conhece o seu pai, e sabe que será em algum momento atendido, com um sim ou com um não, mas seu pai o consolará de qualquer forma. Yuri aprendeu a pedir, a se fazer ouvido pelo pai, e a cada dia ele busca novas estratégias (mesmo com suas limitações), ele não desiste de buscar o Pai, de suprir suas necessidades, ele sabe que seu pai lhe ama e vai cuidar dele. Aprendo com meu filho que preciso conhecer mais meu Pai eterno, preciso confiar que Ele também me conhece e que deseja o meu melhor e o fará porque é bom, porque me ama e não porque estou lhe pressionando, desafiando, ou questionando sua natureza de Pai, de Deus.
Jesus conhecia o Pai, Yuri conhece seu pai e você conhece o Pai?

Termino com esses dois textos:

"Lc 11.11-13 "Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir um pão, lhe dará uma pedra, se pedir um peixe lhe dará uma cobra?, ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem"?

MT6.26- "Observai as aves do céu;não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros,contudo o vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muitos mais do que as aves?
MT6.31- "Portanto, não vos inquieteis dizendo: o que comeremos? Que beberemos? Ou, com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram estas coisas; pois o vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas".

"Pai, estou voltando prá ti, meu Pai...
Minha vontade não quero mais,
me arrependo de viver sem Ti"...  trecho de música, de Ara Brandes

No amor de Cristo, Ara Brandes



15.6.15

Uma breve análise de Maria: de pecadora a adoradora!

Maria conhecia sua necessidade.

Resultado de imagem para Maria com Marta e Jesus


No post anterior vimos um pouco sobre Marta, neste vamos conhecer um pouco mais sobre Maria de Betânia. Continuaremos no mesmo texto de Lc 10.38-42, mas antes precisamos conhecer um pouquinho de Maria em outros textos.
Maria de Betânia era irmã de Marta e Lázaro. É também a mesma Maria que ungiu os pés de Jesus (Jo 11.1-2). Em Lc 7.36-50, há todo um relato sobre a sua atitude de adoração, visto que ela era uma pecadora, e mesmo sendo Jesus aceitou a sua adoração, e ainda a perdoou de todos os pecados. Maria sempre foi criticada pela sua extravagância na adoração, o pecado talvez não fosse o problema real para os fariseus, mas a sua entrega sim, essa causava no meio dos fariseus, e até dos discípulos grande inquietação. Jesus, porém, diz aos críticos, por meio de uma parábola, que aquele a quem muito é perdoado, é a quem muito se ama". v.47b "A quem pouco se perdoa, pouco se ama".

Agora voltando para o texto de nossa meditação:

"Indo eles de caminho, entrou num povoado. e certa mulher chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés de Jesus a ouvir-lhes os ensinamentos" (Lc 10.38-42, leiam todo o texto, aqui só colocarei um trecho).

Maria tinha esse coração aberto, rasgado para Jesus. Ela conhecia sua necessidade, diferente de Marta, Maria sabia do que tinha sido perdoada, do quanto tinha sido perdoada, e o quanto precisava de Jesus na sua vida para se manter em santidade. De pecadora passou a ser uma adoradora. Uau! Tinha uma nova identidade, o rótulo de pecadora já não lhe cabia, creio que nunca lhe coube, pois antes mesmo de ser perdoada ela já se derramava diante de Jesus, era uma adoradora incurável, oh glória! É tanto que ela pediu perdão adorando, derramando um perfume caríssimo nos pés de Jesus, e depois o que acontece é o perdão liberado, "Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. Por isso te digo: perdoados lhe são os pecados. No V. 50 Jesus diz: vai a tua fé te salvou". Sua adoração foi compreendida por Jesus como uma confissão de pecados. Ela estava quebrantada, humilhada naquela casa, mas focou no essencial, Jesus. Estava cheia de pecados, e consciente deles, mas isso não a impediu de se chegar a Ele com fé. Sua atitude mudou sua história para sempre. Não há quem se humilhe diante de Deus que não seja exaltado, e foi o que sucedeu a Maria.
Amados, Maria não perdia oportunidades para estar com Jesus, e quando não tinha, criava. Ela sabia do seu potencial de pecado, sabia que sem Jesus estava perdida. Maria quando recebeu Jesus em sua casa escolheu ficar com Ele, ela queria só ouvi-lo, queria se abrir para a cultura do céu, e para novos aprendizados que pudesse agregar para sua nova vida como cristã, não podia perder tempo longe do Mestre. O texto diz que ela "ouvia seus ensinamentos", debruçada, entregue. A agitação de Marta, sua irmã, não lhe incomodava, afinal ela sabia de si, ela tinha sido perdoada de todos os seus pecados, então, só tinha gratidão em seu coração, só tinha amor para derramar, só tinha olhos para Jesus. Ele a salvara!!! É interessante que Marta, tanto sabe que não conseguiria perturbar sua irmã, que nem tenta falar com ela primeiro, fala direto com Jesus, talvez soubesse como Maria o amava, talvez ela falasse dele o tempo todo para a irmã, e quem sabe até não fora ela quem sugerira que Marta o hospedasse?Não sabemos, mas enfim, Marta se reporta é a Jesus para queixar-se de Maria, só Jesus poderia fazer Maria sair daquele lugar de entrega, só Jesus poderia lhe dizer para sair de sua presença, ninguém mais.
E você? Quem tira você do seu lugar de entrega? Pense bem: celular, amigos, trabalho, ministério, filhos, passeios, mau humor?
Algo que me impressiona em Maria é que no seu altar só cabia Deus, uma vez redimida ela de fato tirou qualquer outra coisa que ocupava o altar e colocou Deus. Fosse o que fosse que estivesse em seu altar antes, afeto, pecado, carência, coisas, deuses, ela renunciou a tudo e entronizou Jesus. Ela aprendeu que aquele lugar precisava estar ocupado pela pessoa certa.
Ela viveu uma experiência com Jesus, ela entrou em intimidade com  Ele, quis conhecê-lo de perto, não pelas opiniões dos outros, ou pela lei, ela escolheu ouvir somente dEle, da fonte. 
O que acontece é que Maria toca o coração do Mestre. Em todas as situações de afronta, de cobrança, condenação, não é ela quem se defende, mas Jesus é quem entra em sua defesa (Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus, é Deus quem os justifica quem os condenará?). Em Lc 7.36-50 e em Lc 10.42 quando Marta indignada fala para Jesus ordenar que Maria a ajude, Jesus faz o contrário, exorta a Marta  por sua sua atitude e defende Maria dizendo: "olha Marta, "Maria escolheu a boa parte, e essa não lhe será tirada". 
Vemos tanto em Lc. 7, como em Lc. 10, a mesma coisa, Jesus toma as dores de Maria. Com o adorador é assim, ele não precisa se defender porque Jesus sempre se levantará para defendê-lo, é o que aprendo com Maria. O adorador sabe que precisa de Jesus, que é um nada sem Ele, que não há nada que possa fazer para comprar sua salvação, seu perdão, tudo é pela graça. 
Ô gente, Maria "escolheu"! Essa talvez seja a grande diferença entre o religioso, e o adorador. O religioso se vê obrigado a viver pela lei, e a lei pesa, não somos capazes de cumpri-la, só Jesus pôde fazê-lo. Então, o religioso faz tudo tão certinho, mas a motivação é a de se salvar, de se purificar pelas obras, o que é impossível. Ele escolhe a pior parte e se torna infeliz, rígido, rancoroso, legalista. O adorador não, o adorador escolhe Jesus por Jesus, por amá-lo, porque simplesmente é bom tê-lo por perto, conhecê-lo, ouvi-lo. Ele entende que depende dele para se manter no caminho. O adorador se anima só por ouvir a sua voz. O adorador não se cansa de Jesus, porque ele não está fazendo nada para merecê-lo, apenas aceitando e acolhendo o seu amor.
Marta foi quem chamou Jesus para hospedar em sua casa, mas foi Maria quem o acolheu, quem demonstrou que Ele era bem vindo, que sua presença era ansiada, desejada, e  não um fardo.
Jesus não quer ser um fardo em sua casa, Ele quer ser amado, bem recebido, acolhido, ouvido.
Será que Jesus tem sido acolhido em sua casa? Quanto você gasta só arrumando tudo e na  hora de demonstrar-lhe que Ele é bem vindo, as atividades o impedem, como foi com Marta, que só mostrou que todo o serviço que fez para recebê-lo foi um peso? Jesus parecia um estranho para Marta.
Jesus é um peso, ou uma alegria prá você?
Maria, desde o primeiro momento, sabia do que precisava e não deixou que nada, nem ninguém a detivesse, ela era determinada, quebrantada, perseverante, agradecida, livre, amada, feliz! Por quê? Porque lutava pelo que queria, pelo que precisava. Não deixava sua satisfação nas mãos de ninguém. Pense bem, quando Marta veio reclamar com Jesus sobre Maria, Maria poderia ter tido outra atitude, e se sentir culpada por estar ali, só conversando com Jesus, enquanto sua irmã trabalhava na cozinha, mas não, ela estava tão certa de que o que estava fazendo era bom, estava tão satisfeita e feliz que nada a atingia, afinal "ela escolhera a boa parte". Maria talvez já tivesse compreendido que "uma coisa só era necessária", então, não perdia tempo e energia com outras fontes, com outros focos de interesses; era conscientizada de suas necessidades vitais, uma delas era Jesus. Maria entendeu a mensagem da graça salvadora. 
Jesus ama a todos, mas as "Marias", os "adoradores", esses lhe derretem o coração.
Onde estão as Marias?
Que escolha você quer fazer? A boa? Ou a ruim? Marta também era amada por Jesus, mas não experimentou da parte boa do evangelho. Serviço sem experiência com Deus, é só peso e enfado. O evangelho é uma boa nova, uma boa notícia, experimente desse "amor que cobre multidão de pecados". Hospede Jesus com seu amor, sua entrega, sua alegria.
Pare! Debruce-se só para ouvi-lo. Honre-o com sua adoração extravagante, com a sua presença, sua escolha. Toda escolha demonstra uma preferência. O que você tem escolhido? O que você tem preferido?
Experimente não falar nada, só ouvi-lo.
Pare 5 minutos só com você! Deixe o telefone, as redes sociais, as atividades, as pessoas, os cuidados dessa vida, as preocupações, e pare. Pare só com você. Experimente não falar nada, só escute a sua alma, escute as suas necessidades, seus pensamentos, seu corpo, seu espírito, depois que escutar, ouça o que o Senhor está falando ao seu coração, e satisfaça-se, preencha-se do que é essencial, vital.
Qual é a sua necessidade? Do quanto você foi perdoado? O quanto você precisa de Jesus?
Demonstre! Isso te tornará mais saudável espiritualmente e emocionalmente. Maria era feliz, lembre-se disso, você também pode ser, depende de sua escolha!
 Amém?








30.3.15

Ao Reis dos Reis e Senhor dos Senhores...

Quero dedicar este post hoje ao meu Senhor, meu Salvador. Aquele que me deu a vida, que me planejou antes da fundação do mundo, e que me viu ainda substância informe, aquele que mesmo quando nada era, Ele já estava lá, sonhando e acreditando em mim (trecho musica minha), Aquele que escreveu todos os dias da minha vida nesta terra. Honro ao meu Senhor que sabe quando me sento e quando me levanto, que de longe já sabe o que eu penso... que esquadrinha o meu deitar e o meu levantar, que me cercas por trás e por diante, e sobre mim põe a sua mão. Que se vou para o céu Ele lá está, se faço  minha cama no abismo, lá está também, que se eu tomar as asas da alvorada e me deter no confins dos mares, lá também Ele vai estar.  (Sl 139). Aleluia! Glória ao seu nome!
Convoco a todos vocês que o amam, a honrá-lo hoje, a cada manhã e no seu dia a dia! Pare só um pouquinho, separe um tempo para Ele, separe algo para lhe ofertar no seu dia, busque estar a sós com Jesus, diga-lhe o quanto Ele é importante, o quanto  você o ama, e o quanto deseja servi-lo de coração. Destaque também sua importância diante dos homens pelo seu proceder, por seus princípios, por suas escolhas e expressões, faça isso. Não o negue diante de homens, diante de príncipes, diante de outros deuses. Que o mundo conheça o senhorio de Jesus pela sua vida, por suas falas, por suas escolhas, por sua humanidade, por seu amor.
Por que devo fazer isso, você pode me perguntar? E eu lhe direi: porque Ele é Deus. E sendo Deus, e único Deus, é soberano sobre todas coisas, é onisciente, onipotente e onipresente. Só podemos honrá-lo se o reconhecermos como o Senhor e Salvador de fato, não de palavras, ritos, mas de andar com Ele.
Podemos honrá-lo, hoje, porque as misericórdias dEle se renovaram e estamos vivos e não consumidos. Podemos honrá-lo porque Ele tem toda a autoridade e poder, e uma vez que o reconhecemos como Senhor e Rei dos reis, fomos tirados do "império das trevas para o reino do filho do seu amor", então fazemos parte agora do seu reino, todo reino tem um Rei, Jesus é o  Rei dos Reis, a Ele portanto toda a honra. E para quem ainda não se tornou parte desse reino, convindo-o a se tornar, aceite-o como o único Salvador e Senhor, pois só Ele pode lhe tornar filho, e não apenas criatura, livre em vez de escravo. Só ele pode lhe conceder o direito de cidadão do céu, pertencente à sua família real,e lhe dá livre acesso à presença do Pai, pelo seu sangue.

Assim, toda honra ao Criador dos céus e da terra, do homem. Que planejou tudo para o homem, que o fez à sua imagem e semelhança, e o capacitou com dons e talentos, personalidade e criatividade, para um propósito: manifestar a sua natureza e seu reino nesta terra. Ao Pai perfeito, amoroso, justo, bom, provedor, que nos inseriu em sua família celestial só para nos fazer próximos, filhos, irmãos de Jesus pelo seu sangue e participarmos de sua mesa, de sua comunhão mais íntima; ao Mestre, Rabi, que detém toda a sabedoria, conhecimento, ciência, que sabe de todas as coisas e dela se utiliza para trazer seu conselho aos homens,  ensinando, discipulando, e abençoando; ao Médico dos médicos, Jeová Raphá, o Deus que cura, que opera no sobrenatural para aliviar o sofrimento e trazer esperança na terra; Ao Rei dos reis, que reina soberanamente num reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo, seu cetro é de equidade, seu trono não terá fim. Que governa em amor para edificar o seu reino, por meio do Cristo ressurreto; Ao Sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque", que se ofereceu totalmente como sacrifício, puro,perfeito, suficiente, para que hoje diante de Deus tivéssemos a sua intercessão e salvação sem intervenção de homens; Ao Senhor dos senhores, que está acima de todo senhorio humano, que sabe administrar seus negócios em perfeição, sabe liderar seus servos em amor, por amor, visando o aperfeiçoamento de suas vidas, para assim levá-los a plenitude de "varões perfeitos" que glorificam seu nome e o seu reino. Um dia Ele dirá:  Ah! Que orgulho tenho de você meu servo, varão perfeito, treinado por mim, edificado por mim, e que hoje levanta meu nome! E você e eu, poderemos dizer: "Ah, esse é o meu Senhor. Sou honrado por ele ter me escolhido, me amado, e me transformado em quem eu sou hoje. Tudo foi "por Ele, para Ele, sem Ele nada do que foi feito se fez, a Ele pois a glória para sempre".

"Assim, ao Rei eterno, Imortal, Invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém! 
"Proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.  Então ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro,, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: amém! Também os anciãos prostraram-se e o adoraram". Ap 5.12-13

Dê-lhe, portanto a honra de Pai enaltecendo e agradecendo a sua paternidade, o seu cuidado e proteção, aplicando seus conselhos, sua Palavra de Pai. Dê-lhe a honra de Senhor, separando a melhor parte de tudo que tem para dar primeiramente a Ele. Dê sempre a melhor parte do seu tempo, suas forças, sua inteligência, suas expressões, emoções, seu vestir, seu andar, seu fazer, seu pensar, seus bens, seus sonhos; honrando com a verdade, obedecendo aos seus princípios, com seu serviço, em lisura, honestidade, eficiência, gratidão. Dê-lhe a honra de Rei, reverenciando com temor a sua presença, preparando-se para estar em sua presença de coração puro, humilde, e com o templo ornamentado, limpo, cuidado, só para recebê-lo e ouvir os seus decretos e seus comandos para o reino, levando a vontade do rei aos homens. Dê-lhe a honra de Mestre, aprendendo sua Palavra, absorvendo seus conhecimentos e revelações, aplicando seus ensinos de como proceder na vida, no reino; aprendendo com Ele como viver socialmente, levando uma contra cultura. Aprendendo com Ele em como ser ético e moral com a cultura do reino. Como fazer o que é certo sem ser religioso... em como espalhar o evangelho com sabedoria e verdade.  Como ser sal, ser luz no meio de uma geração incrédula. Como se relacionar com as pessoas e consigo mesmo, com saúde. E ainda podemos aprender com Ele a sermos santos nesta terra, separados para o seu inteiro louvor. Como andar em amor, como ser manso e humilde de coração, tudo está nos seus ensinos, na sua Palavra. Ah... Tanto a aprender com Ele... Lembro de Pedro quando disse: para onde iremos nós? Se só tu tens as palavras de vida eterna. Só o Rabi, o nosso Mestre, Jesus, tem essas palavras de vida, que não são letras mortas, cheias de vaidade e orgulho, mas são vida porque trazem Deus. E com Deus vem a esperança, a alegria, a paz, a justiça, e a verdade que liberta. Ele tem a sabedoria do alto, não a  terrena, animal e malígna (Tiago 3.13-16).

Senhor, a ti a honra, por quem tu és para mim. Reconheço que sem Ti, tudo seria vazio e sem sentido. Tu és o meu Deus, o meu Senhor, o meu Pastor, o meu Pai, o meu Amado, o meu Rei. Tu és tudo prá mim.

Tudo prá mim,

És meu consolo,
És meu abrigo,
és meu amigo,
Todos os dias, eu
preciso, de Ti, Jesus...
Se no abismo eu tiver, sei que está ali
Se em altas montanhas eu subir, sei que está ali
És tudo prá mim, tudo prá mim, Jesus! De Ara Brandes-  para o Amado da minh'alma, Jesus.

No amor de Cristo, Ara B
Deu te abençoe!




24.1.12

O Jardim - lugar de encontro

Bem hoje estou colocando o texto "O Jardim” na íntegra como havia prometido.

Textos: Gen 2.8/ 3.24/Ex. 26.1/2 Crônicas 3.7/ Ap 21.8

Sabemos que Deus criou o  jardim do Éden com um propósito. "E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar (Gênesis 2:15). Foi um lugar preparado para ser habitat do Homem.


O jardim do Éden, pode ser entendido como um santuário. Nesse lugar Deus convida a humanidade a experimentar de sua presença, comunhão, plenitude. A Palavra diz que os querubins protegiam a santidade do jardim: "e havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida"(Gênesis 3:24).

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do oriente e pôs nele o homem que havia formado. Do solo o Senhor fez brotar toda a sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida, no meio do jardim e árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim” Gn. 2.8-10.

Para nós cristãos, Deus é o criador de todo o universo. Ele criou céu, terra, mares, animais árvores, sol, lua, e no sexto dia, criou o homem. Mas só fez o homem, depois de se certificar de que tudo que criara era bom. Em Gênesis vemos que o Senhor deu autoridade ao homem para dominar sobre os peixes, as aves, os animais, sobre toda a terra e só depois ele derramou a sua benção. Vale ressaltar que o cuidado de Deus não parou por aí, Ele não queria dar ao homem apenas o domínio sobre a terra, mas um relacionamento com Ele e para isso o colocou “num jardim”.

O Senhor Deus colocou o homem no Jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo (Gn. 2.15). Ali o Senhor ordenou, deu orientações e conselhos ao homem: "coma livremente de qualquer árvore do Jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás" (Gn 2.15-17).


O Jardim foi o lugar que o Senhor escolheu para manifestar sua vontade ao homem. O Senhor não queria nos falar por meio de uma tragédia, de um sofrimento, mas queria e ainda quer nos falar num jardim, em um lugar de paz.

Ao pensarmos em jardins, logo nos vem a memória lugares, perfumes, cores, paz, beleza, calmaria. Jardins são lugares reservados e cercados, feitos para serem agradáveis para o homem. Acredito que o Jardim do Éden foi um lugar assim, um lugar agradável, um lugar de acolhimento do Pai para com seus filhos.


Adão e Eva tinham um relacionamento com Deus ali no jardim, mas vemos pela história que isso não foi suficiente, pois quiseram dar uma olhadinha para fora do Jardim, para fora dos planos de Deus. Ali, no Jardim, eles ouviam a voz do Senhor. A Bíblia nos diz que no final da tarde, na viração do dia, o Senhor os visitava. Adão conversava com o Senhor, leiam o texto: "e ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia"(...), Gn. 3.8. Que privilégio!


No Novo Testamento os jardins também tinham uma grande importância e um significado. Em João 18.1-2 diz que o Senhor frequentava o jardim, do ribeiro do Cedron com os seus discípulos, e foi nesse jardim que prenderam a Jesus quando Judas (fora do propósito, porque ele não estava lá no jardim junto com Jesus) denunciou o lugar que por ele também já era conhecido. Só os discípulos conheciam o jardim de Cedron com Jesus.

Creio, que o jardim do ribeiro de Cedron era um lugar de comunhão entre Jesus e seus discípulos. Era um lugar especial!

Dentro dessa simbologia, para nós hoje, entendo que o Jardim espiritual, além de ser um lugar de encontro é também um lugar onde o Senhor nos ensina e onde Ele deseja imprimir mais dele em nosso caráter. É um lugar de restauração! É um lugar onde o inimigo não tem acesso, pois é guardado por querubins, pela “sebe”, lá ficamos protegidos, mesmo que o inimigo tente, só entra com permissão, é um lugar espiritual.

Sabe, hoje mesmo o Senhor quer levar você ao jardim. Ele deseja ardentemente encontrar com você neste lugar.

Quero encorajar você a correr para este lugar. Separe um tempo para estar com o amado Jesus. Medite em sua Palavra, adore ao único digno de ser adorado. 
Ore! Abra seu coração, diga suas petições, busque seus conselhos, pois é você quem precisa dessa comunhão para viver, não Ele. Ele a deseja, mas não precisa. É nesse lugar que você construirá uma intimidade com Jesus. Nesse lugar você poderá deitar em seu colo, chorar suas dores, ansiedades, angústias, e só lá você será totalmente transparente. A Palavra se revelará a você. No Jardim você é alimentado, e a benção do Senhor é derramada sobre você.

Acredite, esse lugar de intimidade com Deus não é uma promessa para vivermos só na vida eterna, mas é algo pelo qual Jesus pagou o preço de sangue na cruz para vivermos hoje. Cristo deu a sua vida para que fôssemos reconciliados com o Pai e desfrutássemos de uma comunhão verdadeira com Ele. Ele deu sua vida para que não tivéssemos mais que recorrer a sacerdotes humanos, mas ao sumo sacerdote, Cristo, e pudéssemos ir ao lugar da presença manifesta de Deus, à sala do trono, ao Jardim!
Hoje podemos cantar verdadeiramente: "o véu que separava, já não separa mais", o Jardim já foi restaurado, é esse lugar em Deus que alcançamos, por meio de Cristo! 

O Senhor está nos convidando todos os dias a entrarmos no Jardim, e buscarmos a sua face, e sua presença, pois é neste lugar que  somos tocados e transformados. 
É no jardim que recebemos a armadura de Deus e a direção para a nossa vida. Lá brota a inspiração para compormos, criarmos, edificarmos o reino de Deus... tudo flui livremente. É lá que recebemos suas revelações, e onde a nossa sementeira é multiplicada.

O jardim também é o lugar da santidade do Senhor. Precisamos ter as “mãos limpas e o coração puro”. “Tiremos as sandálias de nossos pés” e pela graça entremos confiante, crendo que nos encontraremos com o Ele.

Amados, posso lhes assegurar que esse lugar existe, que ele é real, basta que você creia e busque! Os adoradores e os filhos, o conhecem muito bem.

Esse é um lugar bem familiar para os que amam ao Senhor. Digo isso não apenas porque a Palavra do Senhor diz, e confirma, mas também porque conheço esse lugar de frequentá-lo, de estar com Ele. 
E sabe, nesse lugar a nossa postura não é de servos, mas de amigos. É uma postura de contemplação, de liberdade, de admiração, mas também de intimidade. É um lugar de amizade com Deus, onde você pode estar em conflitos, você pode estar triste, desesperançado, você pode desabafar, ser você. E sabe quando você entra no jardim e se encontra com o Senhor, você é renovado, recebe direções, cura, esperança, alegria, força para continuar e paz.

Em Gn 2.10-14 fala que dele “saía um rio do Éden para regar o jardim”. Era um rio com quatro braços (Pisom, Giom, Tigre, e o Eufrates) que se dividiam. Eles se dividiam a partir do Éden. Primeiro ele regava o jardim. Essa era a primeira função do rio, que tremendo! O jardim podia ser belo, mas o que estava por trás de toda essa beleza exuberância era a Água viva, era o Rio que o regava. Se o jardim não fosse regado, seria seco e sem vida. Todo o Jardim era regado por aquele Rio. Por trás da beleza de nossas vidas está também o Rio de Deus, o Espírito Santo (Lc 3.16; Jo 4.14; Jo 7.38).

O Rio deve banhar nosso jardim interior, nosso lugar de encontro com Deus, Porque sem o rio não há vida, não há beleza, não há graça de Deus. Amados, para que os braços desse rio sejam estendidos para além do jardim, ele primeiro precisa passar pelo jardim, ele precisa, primeiro, regar o próprio jardim. Que o rio de Deus regue os nossos jardins para que possamos ver esse fluir de águas passarem para além das fronteiras de nossas vidas, famílias, ministérios, igrejas, profissões, relacionamentos. Amém?

Termino com a seguinte pergunta: qual foi a última vez que você esteve no jardim? E como foi?


No amor de Cristo, Ara Brandes/2002 - Revisado em 2011



14.11.11

O Jardim




Amados, esta é apenas uma síntese de uma palavra que o Senhor me revelou sobre o Jardim em 2002. Em um outro momento postarei o texto completo numa página específica.

E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do oriente e pôs nele o homem que havia formado”(...) Gen 2.8
O Senhor fez o céu, fez as estrelas, fez o mar; fez separação entre a noite e o dia e fez um lindo lugar, um jardim. E foi no jardim o começo de tudo. O começo do relacionamento e da comunhão entre o Homem e Deus. Ele fez a Terra linda e maravilhosa para a nossa habitação e propósito, e um Jardim dentro dela só para Adão e Eva morarem seguros, crescerem sob os cuidados do criador, pois o jardim era um lugar de comunhão, de direcionamentos, de crescimento e de intimidade profunda com o Senhor.
E isso não mudou, pois o Senhor continua desejando nos ver nos finais de tarde, como fazia com Adão. Ele continua querendo nos levar aquele relacionamento de intimidade e de confiança. Ele nos espera todos os dias lá, no jardim. 
Você já foi a esse jardim hoje? Já contemplou o Pai e deitou em seu colo, disse: obrigada. Obrigada porque quando fizestes Adão e Eva, fizeste também a mim e já desejavas ter comunhão comigo.
Em Efésios 1:4, diz: "assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo"... antes mesmo da criação Ele já tinha nos escolhido. Que benção, que alegria sermos escolhidos pelo Pai.
Amados, desejo intensamente que vocês conheçam e desfrutem desse jardim. O jardim pode ser sua poltrona, ou o tapete de seu quarto; uma varanda, o carro, uma pia cheia de louças, um lugar reservado só para comunhão com Ele, sem celular, sem interferências outras. Enfim, nesse lugar, cada um de nós, individualmente fica a sós com Ele, ouvindo dele, aprendendo dele, conhecendo a Ele e levantando o seu nome. É um lugar onde ninguém nos observa, não tem palco, não tem holofotes, nem aplausos, nem multidão, apenas, nós e Ele, o Amado de nossas almas. Que delícia é esse lugar! Para aqueles que já conhecem esse lugar, glória a Deus! Mas há muito mais para ser descoberto no Jardim, muito mais. Para os que ainda não conhecem ou se afastaram do jardim, da intimidade, digo: não abandonem esse lugar. O Rio de Vida está lá, sua seiva, seu alimento espiritual está lá, sua força, a comunhão está lá. Nesse lugar Deus fala com você, conosco pessoalmente, no espírito. Nesse lugar Deus aplaina nossos caminhos, nos confronta, nos anima, nos fortalece, nos corrige, nos ensina...
Vá hoje ao jardim se encontrar com a Pessoa mais importante da sua vida – Jesus! Vá todos os dias, pois assim, você descobrirá a vontade dEle para a sua vida e você terá uma imensa alegria, pois estará vivendo para o propósito pelo o qual Ele te criou.

Experimentando o Jardim...

Ao me aproximar deste lugar, sinto seu aroma, sua fragrância, sua serenidade...
Sinto o cheiro da terra, cheiro da água, cheiro de Vida... É o Jardim! É o Rio!
Ao entrar lá, no Jardim, contemplo toda a sua beleza e exuberância e me encanto. Como é lindo!
Toda essa beleza, contudo, não se compara a beleza do Amado que sempre, sempre já está lá, me aguardando e me esperando incansavelmente.
Ao me ver, seus olhos brilham e rejubilam para mim! Seus braços me acolhem e Ele se inclinam para mim, para me ouvir, para me encontrar... (Sl 40)
Chego perto dele, ali, muitas vezes tão desajeitada...
Minhas palavras... versam religiosidade, frieza, pressa, orgulho, culpa... mas aí, de repente, algo acontece, e o jardim do meu coração, antes tão seco, recebe vida, recebe Água, as águas do Rio.
Sou quebrantada e como num espelho começo a ver como estou e do que preciso. Então, Ele se aproxima, remove a culpa, justifica-me dos meus pecados e fala, pois Ele é o verbo. A Palavra Viva, então, entra no meu coração e subitamente a gratidão, e o louvor começam a brotar e o meu espírito começa a Adorar.
Quando saio do jardim, percebo que tenho um novo perfume, um novo ânimo, e novas direções para minha vida, simplesmente, por ter estado com Jesus no jardim!
Percebo que algo dentro de mim mudou, não sei precisar o quê, mas estou diferente, isso eu sei, e isso me basta!

Por Ara Brandes em 21.09.2011
Leia também: http://arabrandes-restaurando.blogspot.com/2012/01/o-jardim-2.html e Quero conhecê-lo

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