Felicidade não se busca, vive-se. Não é um sentimento mas um estado de espírito.
Não somos super heróis, nem super heroinas, somos tão somente gente. Gente sente, sofre, supera, enfrenta e segue. A negação dessa humanidade tem levado muitos a uma sobrecarga, e a um abandono de si. Conscientize-se de você que pode ser ajudado.
21.7.23
Felicidade
29.3.23
Solitude
Maturidade tem uma direta correlação com esse ato.
A solitude é um ato intencional, primeiramente, uma prática necessária para a nossa regulação emocional e espiritual. Deseja-se estar em solitude, e nesse estar há propósito, prazer, produção, e sentido.
Vivemos num tempo onde as pessoas estão mto carentes, sempre em relação, e convivência excessiva, desmedida, sempre conectadas, seja presencialmente, seja virtualmente, não há pausa de convivência. Esse excesso causa mtos problemas. O resultado disso é desgaste emocional, desgaste relacional, desequilíbrio, intolerância, irritabilidade.
Sem pausa, sem solitude o indivíduo não encontra tempo para se regular, e o indivíduo se sente na necessidade de suprir o outro o tempo todo, de impor sua presença a qq custo, e instala-se, portanto uma dependência de se estar full time em relação.
Na solitude há reflexão, autoexame, fluxo de ideias, elaboração, organização interior, autoconhecimento, há reabastecimento de força.
A solitude requer exercício, e determinação, pois as demandas ao nosso redor nunca param, se não a suspendermos por um tempo.
Diferentemente da solidão que traz um sentimento de vazio, abandono, e leva o indivíduo a se preencher de ocupações e de pessoas ao seu redor, para não lidar com o vazio da alma, a solitude é um ato de autocuidado, e traz imenso prazer. A solitude nada tem a ver com isolamento, é apenas uma retirada do meio, para um objetivo.
A solitude é uma prática que vem de um bem estar consigo mesmo, de um contentamento, e satisfação.
Toda a convivência é saudável dentro de seu equilíbrio, mas seu excesso vem da carência, e da fome da alma.
A carência sempre vai roubar vc de vc mesmo, vai sugar suas forças.
Algumas perguntas que vc pode se fazer para trabalhar na solitude é:
Quando estou só o que sinto?
Quando estou só com o que preencho?
Quando estou só o que aproveito de mim mesmo?
A solitude é um lugar descanso e repouso.
Por Ara Brandes
Psicóloga Clínica GT
9.5.22
Uma mãe de especial
Começarei relatando uma experiência nada comum de um dos dias que uma mãe assim vive. Mas é uma de tantas e tantas vivências nesse universo de mãe. Porque ser mãe de um filho especial não é vida instagramável é vida real.
Certo dia desses, recentes, Yuri tava bem, sorridente, brincando de ficar na frente da TV na sua cadeira, indo e vindo e rindo, nos provocando, claro. E do nada começou uma crise ( para quem não sabe ele é epilético) tinha crises de difícil controle, devido a uma hemiparesia cerebral, causada por uma meningite bacteriana neo natal, dessas crises foi curado por Deus aos 5 anos de idade, depois de um quadro severo que ficou entre vida e morte. Se Deus não o tivesse curado não estaria mais vivo hoje, pois eram de 10 crises a mais, por dia e todos os dias. Yuri ainda tem crises eventualmente, crises que escapam e são do grande mal. Ele na maioria da vezes sai delas como se tivesse tudo bem, levanta, sobe na cadeira e volta a vida... é muito sobrenatural de Deus que acontece e o sustenta.
Neurologicamente sabemos que cada crise pode levá-lo a prejuízos cognitivos, perdas, cegueira, morte súbita, e tanto mais. Mas Yuri tem 31 anos e os milagres se sucedem a cada dia de sua vida, é o que testemunhamos.
É raro Yuri ter crises ( ele é medicado), mas ainda as tem, e cada crise causa desgaste que não vemos.
Nesse dia que relatei acima, estávamos perto e felizes, era um dia feliz. Mas então começou uma crise dessas, e tudo ao redor se mobiliza para o cuidado com Yuri. Para ele não cair da cadeira, para colocá-lo na cama, protegê-lo ( tdo com a crise acontecendo, em segundos), parece simples, mas não é. O que acontece é que já estamos adaptados a nossa realidade, pois a vivemos há 31 anos, com Deus nela, frise-se.
Nesse dia depois de conseguirmos deitá-lo, seu pai deitou com ele até passar a crise. Ele ficou mole, bem mole, ofegante, taquicardia, coisas que acontecem na crise. Depois o pai dele saiu e eu fui deitar ao lado dele, ministrando vida de Deus, poder, cura, tranquilidade... e cantando... alí nos espontâneos liberando o céu , profetizando... uma música também nasceu, uma música baseada na oração do Pai nosso, que estava ministrando sobre Yuri... ah, muito lindo isso.
Já era noite a esta altura. E Yuri ficou deitado lá um pouco mais, pois a crise fora bem forte. Minha oração nesse dia foi: Pai, não permita que ele tenha perdas importantes no seu cérebro. Mas que seja curado desse mal. Essa é uma oração constante sobre ele.
Depois de mais ou menos 40 min ele desceu da cama, e subiu na cadeira, seguindo a vida. Assim ele faz, assim ele me ensina.
A mãe Ara criou uma capacidade de superar certas dores, de priorizar o mais importante no momento. A mãe Ara cuida do que precisa na hora, pastoreia também o coraçãozinho dele, e respira, suspira por uma intervenção de Deus mais uma vez. A mãe Ara não tem muito tempo para ficar frustrada com o dia que estava feliz, e que se foi, isso é o de menos, o mais importante é o já, agora, é esperar com fé sempre que Yuri supere mais uma.
Dessa crise ele voltou com uma compulsão por comer, mas voltou normal. A compulsão duram semanas mas é o de menos. Posso dizer que está se equilbrando agora. Glória a Deus! E com tudo isso temos que lidar ( o pai dele e eu, a tia Ariene às vezes) dia a dia. E suspirar toda vez que acontece para que passe, para que a medicação funcione.
Em tudo isso porém Deus é bem real no meu dia a dia, que não se resume apenas a ser mãe de um filho especial, mas a ser Psicóloga , líder ( pastora) de um Ministério, dona de casa, filha, irmã etc... que de tantas atividades também escreve, pinta, que aprendeu a produzir no meio do caos, vales, secas... pq Deus faz isso acontecer. Tudo com propósito.
Ei, hoje falo para você que enfrenta desafios parecidos, ou que se identifica: não sucumba a situação que você possa estar vivendo. Sempre há um meio de encontrar sentido, propósito e de conhecer mais a Deus. Não se deixe vitimizar.
No meu dia a dia com Yuri, Deus é muito real. É real porque me vejo fazendo além do que as circunstâncias difíceis me pedem e isso vem de Deus. É real porque o meu normal é afetado pelo sobrenatural diariamente. Sim porque é muita graça de Deus para continuar dando conta, continuar produzindo, criando, apesar de tudo isso, que é apenas uma amostra do que é ser mãe de um filho especial.
Eu olho para Yuri e me choco. Me choco com a força que ele tem. Com a vida que pulsa apesar de tantas limitações. Eu vejo Deus nele muito claramente.
Não sou a mãe que acho ele merecia. Mas sou a melhor que posso ser. Uma mãe que se reinventa, se doa, mas também se cansa, se entristece, se frustra às vezes, mas que aceita seu filho como ele é, que admira e se alegra com ele.
Ser mãe de um especial é um desafio de amar todos dias com um amor incondicional.
No amor de Cristo
Ara, mãe
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Que o Senhor te fortaleça como mãe.
24.9.21
Relações consumistas
21.6.21
No caminho as mudanças se revelam
Talvez você me responda um -NÃOOOOOO. Ou um nanah.. ou um: mais ou menos, ou até quem sabe, um sim, bem tímido... raramente é um SIMMMMM.
Bem, eu gosto de fazer algumas mudanças. Não que não sejam difíceis, as vezes, mas a minha personalidade gosta de fluxo, de impacto, de novidade, de inovar, de criar, de se arriscar nas descobertas internas, e de sempre mudar algo quando necessário, e quando sei que me trará um novo olhar, e melhor perspectiva.
Mas, sabe, também sou aquela que dá importância a rotina, ao diário, ao costumeiro e familiar, ordinário... isso também é essencial para uma dinâmica saudável e consistente. Equilibrar essas duas coisas é que é desafiante sempre.
A maioria de nós não gosta de mudanças. Ainda mais àquelas significativas, grandes. E o fato é que somos muitas vezes convidados a mudar, ou pela circunstância, ou pela necessidade, e em todas as mudanças precisaremos sempre nos adaptar e adaptar é processo, e processo não queremos, não é?
Mas a mudança que eu particularmente considero mais relevante, é a que fazemos não por um empurrão, ou necessidade apenas, mas àquela mudança consciente, intencional, e claro, por direção de Deus. Essa é solida, vem de dentro para fora, tem bases para se sustentar depois do impulso inicial. E digo isso, porque muitas pessoas fazem grande alarde inicial em suas "mudanças", mas a sustentação inexiste, ou é muito frágil. Entenda, mudanças precisam ser construídas de dentro para fora.
Sabe, toda mudança (cura) requer de nós comprometimento. Comprometimento com a permanência, e com a continuidade da mudança instituída, pois sem isso, retrocedemos inevitavelmente.
É natural que nos assustemos com o novo que a mudança traz, pois mudar é desagasalhar o familiar, o ordinário, o conforto, e as vezes dói e a dor tem que doer para que possamos valorizar os progressos feitos, os novos hábitos introduzidos, o novo em que adentramos tem seu preço.
Muitos até encaram o autoconhecimento, a exposição à Palavra, fazem inúmeros cursos, conferências, e buscam formas de mudar, de renovar a mente e isso é bom, sem dúvida. Contudo, o que acontece muitas vezes, depois do impacto inicial que recebem na consciência, é que relaxam e esquecem de regar e de cultivar suas mudanças diariamente. Esquecem de promover a manutenção da cura, do que foi alcançado.
Quando penso em mudança, penso em locomoção. Seja esta locomoção física, geográfica, psicológica, relacional, social... pois, mudança é deslocamento, é alteração de um estado, de um jeito de fazer, estar, ser, olhar. É um seguir adiante, deixando "um" algo, (pensamentos, lugar, pessoas, tempo, certezas, situações, escolhas, lugar etc) para trás, à medida que se anda. E à medida que se caminha algo novo desponta; algo para se ver, algo para se lidar, algo para se enfrentar, mas também para desfrutar.
É interessante que nós cristãos estamos sempre diante de um novo. "Fomos chamados e resgatados por Deus para andarmos em novidade de vida. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida". Rm 6.4 Por quê?
Porque como cristãos confessos e praticantes, temos a Palavra, temos o Espírito Santo e, portanto, somos sempre confrontados pela verdade, glória Deus. Estamos sempre renovando nossa maneira de viver, de pensar, de estar pelo arrependimento ( Deveríamos, pelo menos). E o convencimento do Espírito nos leva a mudar. Então mudamos em algo, e iniciamos outras mudanças, confiantes naquilo que em nós também já foi consolidado.
Mudar é retornar ao caminho, e continuar a caminhada. Mudar é reconhecer a nossa fraqueza, imperfeição, isso nos leva ao próximo passo, aperfeiçoamento. E sem dúvida, mudar requer de nós humildade. Humildade para cedermos a Verdade que nos chega, que nos confronta e precisamos disso.
Ei, a exposição diante de Deus nos cura, lapida e fortalece.
Mudar é deixar para trás o que se estava fazendo, mesmo que bom, pela revelação do agora que é melhor. E sabe , o que aprendenos com Deus é que não existe mudança sem arrependimento, e só o genuíno arrependimento, e responsabilização pelo modo de vida que escolhemos nos levará as mudanças diárias, mudanças essas que precisarão ser mantidas intencionalmente.
Muitos querem mudar algo em suas vidas, mas não se responsabilizam por seus desejos de mudança. Ei, assuma a responsabilidade de sua vida e continue "rumo ao alvo". Pois se perdemos o alvo, perdemos tudo.
Ara Brandes
24.8.18
A CONTEMPLAÇÃO, UM ESTILO DE VIDA - ABSORVA DEUS CONTEMPLANDO.
O homem que contempla, aprende a agradecer, a dimensionar o tamanho de Deus, e o seu poder.
A contemplação nos treina para o aperfeiçoamento e aceitação da nossa humanidade.
O belo pode ser encontrado na adversidade, na tempestade, na dor, no aparentemente contraditório. Existem belezas mais profundas, que não estão na superfície, será preciso parar mais, cavar mais, até achar. Não é assim que se encontra as pedras mais preciosas, mais raras e mais belas?
É muito provável que você não se dê conta do quanto os seus sentidos estão saturados e desgastados pelo que você vê, ouve, sente, toca, mas estão. Tudo que você contempla sistematicamente se torna parte de você.
A estética é apenas um chamariz para o encanto, um pretexto importante para nos aventurarmos e irmos além, tirarmos a segunda camada para chegarmos na beleza essencial, profunda.
A contemplação também é exercício de avaliação, de reflexão do que fizemos. É quando paramos para observar, usufruir, e desfrutar do que executamos. Esse exercício é de extrema relevância para fecharmos o que começamos com alegria. e gratidão. É sem dúvida gratificante percebermos que em tudo que fizemos demos o nosso melhor, demos de nós mesmos na obra feita, isso é bom para a alma. A alma precisa disso.
A contemplação é um exercício para os dias bons e maus, feios, ou bonitos, transcende ao lugar, embora este também seja importante. Você pode ser consciente, e intencional na busca, e no desafio de enxergar e encontrar onde está o belo da dor, das diferenças, do inesperado, nem sempre é tão óbvio, acredite, mas existe.
A contemplação portanto, é um bálsamo perfumado para a alma cansada.
Meu agradecimento a foto cedida com tanta generosidade. Obrigada!
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