A civilização, a pós modernidade nos trouxe muitos benefícios, isso é fato, mas em contrapartida também trouxe muitos malefícios. Vem comigo, pense: para sermos civilizados temos que aprender a falar polidamente, agir assim ou assado, seguir regras sociais, vivermos de acordo com a cultura na qual estamos inseridos, o que sem dúvidas é necessário para nos organizarmos como sociedade. Contudo, para além dessas adaptações sociais, foi incutido no ser humano que ele também deve sentir, expressar, e pensar de uma certa forma, e é nisto que vejo problema, pois muitas vezes anulamos a nossa personalidade, a nossa forma de existir no mundo para suprirmos algum tipo de cobrança social, e isso tem levado muitos ao adoecimento da alma. Somos nEle! Fato! E o que somos é o que deveria aparecer, e refletir no mundo. Mas é isso que aparece? Vivemos como quem somos, ou vivemos como alguém que achamos que deveríamos ser?
Você pode estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com o ser livre? Eu digo para você: tudo! Pois se não liderarmos nossos próprios sentimentos, pensamentos, se não assumimos nossas posturas diante das pessoas, se encarcerarmos essas "pequenas coisas", como podemos ser livres?
Se nos proibimos de sentir uma dor, se não lidamos com ela, como podemos ser livres? Uma dor encarcerada é uma dor não elaborada, paralisante.
A Bíblia nos fala para termos o fruto do Espírito, um deles é o domínio próprio, contudo, não vejo nisso um respaldo para a insensibilidade que hoje circunda a Igreja, os cristãos.
Imagine-se numa cena cotidiana, olhando para algo encantador, sem mostrar encanto! Imagine-se numa cena, onde o sofrimento humano esteja pungente e você apenas olhando para ela racionalmente, sem sentir e sem expressar!
O que lhe toca lhe impulsiona a ação. Se você não puder mais expressar o que sente, o que fará com isso? Os sentimentos são como termômetros da alma. Às vezes o termômetro está quebrado, com problemas, mas ele existe para apontar, ou lhe levar a vivenciar algo. E se ele não está confiável, cuide para que esteja o mais confiável possível. O coração é mesmo enganoso, mas fomos feito com ele, então é importante ouvi-lo também.
Não se censure por ser gente, pois isso não é fraqueza, é humanidade.
Não precisamos ir muito longe, não sei se você já teve a “oportunidade” de estar num funeral, num velório, e de observar em como as pessoas se portam, há uma preocupação geral em se abafar o sofrimento daquele que sofreu a perda, de minimizar o ocorrido, dizendo: "não chore"! Como não chorar na morte de alguém importante? Isso é cura, escape, organização interna.
É Importante lembrarmos da história da morte de Lázaro, ali Jesus chorou, viveu aquele momento inteiramente, mesmo sabendo que iria ressuscitá-lo. Não somos melhores que o nosso Mestre, então porque tendemos a negar sentimentos, expressões genuínas de nosso ser vinculando isso à racionalidade. Será que é assim mesmo?
Será que o sentir pode determinar a capacidade, inteligência e espiritualidade de alguém? Sentimentos e emoções vieram no pacote do ser humano e tem suas funcionalidades legítimas. Uma coisa não desqualifica a outra.
É Importante lembrarmos da história da morte de Lázaro, ali Jesus chorou, viveu aquele momento inteiramente, mesmo sabendo que iria ressuscitá-lo. Não somos melhores que o nosso Mestre, então porque tendemos a negar sentimentos, expressões genuínas de nosso ser vinculando isso à racionalidade. Será que é assim mesmo?
Será que o sentir pode determinar a capacidade, inteligência e espiritualidade de alguém? Sentimentos e emoções vieram no pacote do ser humano e tem suas funcionalidades legítimas. Uma coisa não desqualifica a outra.
Penso que há espaço para racionalidade, bem como para emoção. Não somos só cabeça, nem só coração.
Queridos, o que percebo é que há uma "lei" legislada por nós mesmos: não é permitido sentir!
Encarceramos sentimentos, encarceramos pensamentos, encarceramos sonhos e quando vemos estamos encarcerando a nós mesmos. Não quero aqui fazer uma apologia ao sofrimento, mas sem ele parece que nossa capacidade de reflexão diminui. O chorar e o falar sobre o que nos entriste e machuca nos ajuda na elaboração de perdas, fracassos etc. Amados, quem não sente, não lida, não enfrenta, logo, não supera e não avança, fica preso.
Analise você mesmo qual a última vez que você se expressou verdadeiramente, com raiva, alegria, tristeza, medo? Qual foi a última vez que você riu (gargalhou) sem reservas, livre?
Qual a última vez que você se sentiu triste, preocupado e compartilhou com alguém, claro, de confiança, sem medo de ser julgado por sentir algo diferente de alegria? Para a "alegria" não há preconceito, já os outros sentimentos... ameaçam a homeostase social.
Preciso desabafar: se há algo que me cansa em encontros, reuniões, comemorações, é a superficialidade, é a performance, é o empobrecimento das relações. Parece que o palco virou cotidiano, estamos quase sempre atuando socialmente! Já não se vê mais a espontaneidade pura e simples das pessoas, existe, mas é rara. Vejo tudo isso como formas de encarceramentos. O encarceramento é paralisação, é cerceamento, é uma descontinuidade do nosso crescimento como pessoas e como sociedade, não podemos nos conformar a isso.
Preciso desabafar: se há algo que me cansa em encontros, reuniões, comemorações, é a superficialidade, é a performance, é o empobrecimento das relações. Parece que o palco virou cotidiano, estamos quase sempre atuando socialmente! Já não se vê mais a espontaneidade pura e simples das pessoas, existe, mas é rara. Vejo tudo isso como formas de encarceramentos. O encarceramento é paralisação, é cerceamento, é uma descontinuidade do nosso crescimento como pessoas e como sociedade, não podemos nos conformar a isso.
Amados, precisamos nos libertar das máscaras, das algemas que nos colocamos e que nos colocam e esse poder está em nossas mãos. Há coisas que precisamos do Senhor, mas há outras que somos nós mesmos que precisamos enfrentar.
Mostrarmo-nos como somos, sermos autênticos não é tarefa fácil, tem seu preço, ficamos mais expostos à rejeição, aos julgamentos, no entanto, a autenticidade nos eleva, pois é onde está o nosso brilho. E é nesse ser quem somos que descobrimos realmente em que se baseiam nossas relações, se em aparências ou verdade. Lembro da história do filho pródigo, o filho saiu com sua herança, abonado, cheio de idealizações e o que a parábola nos diz, é que enquanto ele estava com dinheiro, tinha status, poder, nome, foi aceito. Estava rodeado de “amigos”, mas quando tudo acabou, quando se viu em um chiqueiro de porcos, nenhum dos ditos amigos o socorreu. Aquele jovem viveu seu momento de desnudamento, não tinha mais máscaras, não tinha mais como esconder quem era e então ele se deparou com a verdade sobre si, sobre os outros, sobre seu Pai, e foi ali no chiqueiro de porcos, no fundo do poço que ele percebeu que podia ser ele mesmo, que podia arriscar. E o mais lindo e interessante é que ao final quem o acolhe e o aceita com toda a sua fragilidade humana é o seu Pai. "Um coração contrito e quebrantado, tu não desprezarás, oh Deus"!
Mostrarmo-nos como somos, sermos autênticos não é tarefa fácil, tem seu preço, ficamos mais expostos à rejeição, aos julgamentos, no entanto, a autenticidade nos eleva, pois é onde está o nosso brilho. E é nesse ser quem somos que descobrimos realmente em que se baseiam nossas relações, se em aparências ou verdade. Lembro da história do filho pródigo, o filho saiu com sua herança, abonado, cheio de idealizações e o que a parábola nos diz, é que enquanto ele estava com dinheiro, tinha status, poder, nome, foi aceito. Estava rodeado de “amigos”, mas quando tudo acabou, quando se viu em um chiqueiro de porcos, nenhum dos ditos amigos o socorreu. Aquele jovem viveu seu momento de desnudamento, não tinha mais máscaras, não tinha mais como esconder quem era e então ele se deparou com a verdade sobre si, sobre os outros, sobre seu Pai, e foi ali no chiqueiro de porcos, no fundo do poço que ele percebeu que podia ser ele mesmo, que podia arriscar. E o mais lindo e interessante é que ao final quem o acolhe e o aceita com toda a sua fragilidade humana é o seu Pai. "Um coração contrito e quebrantado, tu não desprezarás, oh Deus"!
Àquele jovem teve que passar por uma experiência dolorida para se libertar, ele teve que "sentir" na pele. Eu me pergunto: por que continuamos nos aprisionando em leis que nós mesmos criamos, em materialismos, em falsas imagens, em idealizações, em religiosidades, em práticas nocivas, em ambientes “doentios”, em mágoas, em pecados? Seja livre em Cristo, meu querido (a)! Seja livre da culpa, da auto-piedade, do engano, da manipulação das pessoas, da manipulação da sociedade, e de lideranças abusivas e egocêntricas também etc...
Chego à conclusão que nós somos nossos próprios carcereiros e fazemos isso muitas vezes porque nossas neuroses instaladas e não resolvidas acabam ditando e controlando a nossa existência, quando deveria ser a nossa saúde, nosso espírito. Vou dar um exemplo: se você tem algum tipo de medo na vida, um medo que lhe paralisa e você não o encara, o que vai acontecer é que ele irá controlar parte de sua vida, você ficará preso nisso até buscar solução. Da mesma forma são as ditaduras internas e externas muitas vezes baseadas na influência midiática, numa cultura e não numa convicção real particular, refletida, pensada e escolhida, e essas ditaduras adoecem, neurotizam.
Precisamos visualizar a saúde, buscar a saúde que está em cada um de nós e sairmos dos cárceres que nos colocamos diariamente. Sei que é um desafio, mas não podemos deixar de tentar.
Reavalie sua regras, seus medos, suas dificuldades e veja o que está lhe paralisando e lhe aprisionando. Lembro-me do texto de Gálatas 5.1 “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão”. Em Colossenses 2. “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”.
Reavalie sua regras, seus medos, suas dificuldades e veja o que está lhe paralisando e lhe aprisionando. Lembro-me do texto de Gálatas 5.1 “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão”. Em Colossenses 2. “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”.
Comece, hoje, a abrir seus cárceres. Veja o que está lhe aprisionando, e em nome de Jesus, comece a ser restaurado em sua sensibilidade. A nossa sensibilidade precisa estar conectada com a nossa razão, e com o nosso espírito. Sinta! Viva! Perceba! Mobilize-se! Aja! Ore e peça ao Senhor que lhe mostre suas cadeias, seus cárceres. Saiba que o Senhor está pronto para lhe tirar do cárcere e lhe ajudar nesse processo. Seja livre em Cristo, meu irmão (a)!
Leia também: http://arabrandes-restaurando.blogspot.com.br/search?q=terapia+no+po%C3%A7ol Terapia no poço!
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No amor de Cristo, Ara Brandes
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