5.4.13

Perfil ministerial. A carne submete-se ao espírito.



Essa meditação foi feita com o grupo "Águas", mas creio que pode lhe abençoar também.

I Cor 9.24-27 - Meditação de ontem, dia 04.04.2013 na reunião do Águas.

24 Vocês não sabem que, de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio.
25 Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.
26 Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo e não luto como quem esmurra o ar.
27 Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.

É preciso ter um chamado, uma corrida, um alvo, um prêmio para trazer sentido a fé. Quando seguimos a Cristo recebemos um comissionamento, um chamado no reino de Deus, e o cumprimento disso é o que vai nos realizar nessa jornada de fé. Para aqueles que carregam uma missão é muito difícil, diria, impossível, ficar na superfície, contentar-se com fazer qualquer coisa, com "o tanto faz", com o viver por viver, fazer por fazer.
O apóstolo Paulo nos ensina como chegar neste perfil de triunfo, de conquista ministerial. Ele compara a vida do crente, a de um atleta, porque o atleta para chegar ao pódio e receber seu prêmio, precisa se submeter a uma disciplina rígida, senão será desqualificado para a sua carreira, não conseguirá vencer nunca. Um atleta, precisa ter um objetivo definido, uma motivação clara, uma vocação, e ainda, manter-se motivado.
O apóstolo Paulo teve um chamado de Deus muito específico, uma experiência transformadora que o impulsionou por toda uma vida. O prêmio que almejava além, claro, da salvação em Cristo, era levar aos gentios as boas novas do evangelho. Ele conseguiu! Foi esse o alvo principal que Deus lhe deu, enquanto na terra e ele o cumpriu cabalmente.
Como ele, precisamos saber pelo o quê estamos correndo nesta vida e fazê-lo com diligência, e consciência. Viver sabendo o para quê se vive e para quem se vive. Lutando não como dando golpes no ar, ou, como diz em Eclesiastes, correndo atrás do vento, mas com um foco, um objetivo. O apóstolo Paulo tinha um objetivo claro e não buscou, nem ser e nem fazer além do que lhe foi confiado. Para tanto, preparou-se. Era um conhecedor de suas fraquezas, limitações, possibilidades, e isso o capacitou a dominá-las, e a ampliar seus recursos como servo de Deus. O apóstolo entendia onde repousava o seu maior conflito, carne X espírito. Ao saber disso não ficou passivo, mas ministrou ao seu próprio corpo, para levá-lo a ser servo, em vez de rei, e assim andar no Espírito, e ser guiado em seu ministério pela vontade de Deus e não pela a sua. Esse homem de Deus é um perfil a ser imitado, pois foi um ministro de Deus realizado, contentado: ele sabia quem era,  conhecia quem o tinha chamado, sabia de suas potencialidades e do poder de Deus em sua vida.
Essa luta da carne X espírito, também é uma luta nossa como filhos de Deus. Ah, queridos, nosso corpo quer descansar, quer deixar para lá, quer sombra e água fresca sempre, quer comer sem produzir o alimento, quer criticar, quer falar sem freio, quer só as facilidades, e os resultados, mas sem esforço. Já o nosso espírito clama por obedecer a Deus, por segui-lo, por amá-lo. Queridos, um preguiçoso dificilmente chegará ao propósito de Deus para a sua vida, sabe por quê? Porque não tem motivação, e se conforma a isso. Amados, quando temos uma meta, um foco, tudo isso muda, o propósito é renovado, e a caminhada cristã faz sentido. Somos motivados a abrirmos mão da preguiça, do medo, do conforto e do que Deus pedir. E sabem,  o "esmurrar o corpo", é uma parte nossa neste processo de preparação, pois como o atleta precisa fazer renúncias, sacrifícios, dietas, exercícios, concentrar-se por um alvo, uma olimpíada, assim também é para àqueles que desejam obedecer e alcançar o alvo, o propósito de Deus. Por mais que um técnico oriente seu atleta em como proceder para chegar a vitória, jamais poderá fazer por ele. Não podemos esperar que a nossa vontade de mudar, que a prática da fé, o desejo de obedecer caiam do céu, simplesmente, pois a nossa carne não deseja essas coisas, e por isso espírito precisa estar alimentado, fortalecido para ouvirmos a Deus. Não podemos esperar estarmos perfeitos para fazermos algo, mas podemos enfrentar os processos necessários para sermos instrumentos de Deus.
Querido (a), se Deus já lhe deu um alvo pelo qual lutar, também lhe dará a capacidade de lidar com o espinho na carne, não é?  
Precisamos ser corajosos, hoje, amanhã e sempre.
Para cumprirmos nosso chamado, nossa missão precisamos discernir as áreas de carência e necessidade em nossas vidas. É  saber onde precisamos trabalhar, quais nossos pontos fracos e diante disso  subjugá-los pelo E. Santo. Ensinarmos a nossa alma a obedecer ao nosso espírito. No texto, vemos que o apóstolo Paulo sabia exatamente aonde estavam suas fraquezas, que áreas precisavam de atenção, cuidado. Parece que a sua luta diária se dava na esfera da vontade, da carne. Por isso, ele diz: "esmurro o meu corpo e o reduzo a servidão". Sua própria vontade precisava de freio, de disciplina, de correção para que pudesse cumprir seu propósito como servo de Deus. Muitas vezes temos que lidar com o orgulho, com a vaidade, com a culpa, com a raiva, com a dor, enfim...
Onde a carne reina, onde ela domina é impossível  andar no espírito, viver pelo espírito, saber qual a vontade de Deus para a sua vida e obedecê-lo. Então, corramos para o objetivo: derramar as águas na terra seca ( no nosso caso). Corra, lute pelo que Deus lhe deu como alvo de vida, de ministério. Amém?

"Vamos regar essa terra, e chorar por ela!
Prantear nas praças, nas ruas, nas casas, em todos os lugares...
vamos regar.
 E abençoar o nosso chão e veremos água brotar e o chão florescer nos corações". (trecho de música de Ara B. Missão Águas)



No amor de Cristo, Ara Brandes

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