8.4.14

Um Caminho pavimentado para restauração- O amor.



Hoje quero falar de algo fundamental para restauração de vidas. É sobre um caminho.
“E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente”. I Coríntios 13.1a
O amor não é só um dom, o amor é um caminho, o caminho é uma pessoa, e essa pessoa é Jesus. João 14.6 diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim”.
Um caminho sobremodo excelente é um caminho feito, preparado especificamente para  levar pessoas a Deus. É o amor que nos diferencia, é por ele que somos reconhecidos no mundo como discípulos de Jesus. Mas muitos confundem amar, com bajular, ser bonzinho ou condescendente.

Amar é abrir o coração para o outro sem reservas, mesmo correndo o risco de ser rejeitado pelo que se é, crê, percebe, sente, e vive, com autenticidade.  Amar é uma ação voluntária, desprendida de interesses.
Agradar é muito diferente de amar, quando vivemos para agradar, no fundo o grande temor é sermos rejeitados, então mascaramos o que verdadeiramente pensamos, sentimos, vemos, só para estarmos "bem" com o outro, a preço alto. Isso não  leva a verdade que liberta e causa danos, pois, pode levar para a vaidade, engano, a concupiscência, soberba, para o hedonismo, à mesmice, menos para Deus.

Quando falamos de caminho, imaginamos uma estrada por onde passam pessoas, carros, caminhões, animais, todo tipo de veículo e de trânsito. Uma via, um acesso para se chegar a algum lugar. Toda estrada nos leva a um objetivo, a um lugar, a um destino. Ninguém pega uma estrada só para ficar andando nela. No texto diz que o amor é um caminho sobremodo excelente, e que sem ele tudo que se faz é inútil. Pegar a estrada do amor é pegar uma estrada estreita, cheia de desafios, mas sem dúvida uma estrada que vale à pena. É escolher seguir os mesmos passos de Jesus para ser eficiente na vida cristã. Jesus não se intimidava pelas críticas. Se precisava salvar uma vida, Ele o fazia sem medo. Comia com os pecadores, expunha-se a ser alvo de preconceitos, chacotas, e afrontas, só por amor.

Lembram do episódio de Zaqueu? Jesus vendo a sede daquele homem pecador, que subiu em cima de uma árvore porque desejava lhe ver, diz: “Zaqueu, desce depressa, pois em tua casa vou pousar". Jesus não se importou se falariam dele, como falaram mesmo: "ao verem isso, murmuravam dizendo: entrou para ser hóspede de um homem pecador" Lc 19.7. Jesus, no entanto, não dá atenção a isso, mas segue pelo caminho do amor, e entra na casa de Zaqueu, não só entrou, mas comeu com ele. Conheceu o universo de Zaqueu, ouviu a Zaqueu, e a sua presença o quebrantou, seu gesto de amor o exortou sem uma palavra. Zaqueu precisava desse amor, e foi tão constrangido que sua primeira atitude foi "devolver tudo aos pobres". Ele foi tocado em sua fraqueza. Zaqueu precisava dessa saúde em todos os aspectos de sua vida. Era um transgressor, cobrador de impostos, que cobrava além do que era devido, ou seja, ele tinha uma deficiência de caráter, não aceitava regras, provavelmente porque não recebera de seus pais. Jesus entrou ali para afetar toda a sua vida e o reconciliar com Deus. Salvou, libertou e restaurou. Jesus se fez caminho naquele momento, escolheu ser pisado, ou seja, pagou o preço do preconceito, dos olhares, das acusações.

Amados, o amor rompe barreiras sociais, psicológicas e espirituais, porque o que importa são vidas salvas e restauradas.
Você entraria na casa de Zaqueu com esse propósito? Jesus foi debaixo de uma missão e cumpriu sua missão. Ele não foi se divertir com Zaqueu, ele não foi jogar conversa fora, ele tinha um foco, uma visão, um alvo, e chegou nele, porque o amor é um caminho sobremodo excelente e eficiente. O problema muitas vezes é que se vai as festinhas, as casas de "amigos", relaciona-se com diversas pessoas, mas sem a consciência de missão, e aí é perigoso. Toda relação carrega uma missão. Andar em amor, é andar com uma visão e um propósito: apontar Cristo. Torna-se arriscado se aliançar sem estar debaixo de uma missão.

O amor é esse caminho por onde devemos passar para cumprirmos nossa missão no reino. Esse caminho, contudo, é um caminho por onde só passam pessoas. Coisas não passam por ele. Ele é pavimentado para  conduzir pessoas ao seu propósito.
Trilhar esse caminho é ter os pés firmados em Jesus, mirando no alvo que Ele mesmo colocou diante de cada um de nós. Trilhar o caminho do amor é viver os passos de Jesus, de entrega, rendição, voluntariedade, sacrifício, motivados não pela recompensa, elogios, reconhecimento, mas por amá-lo, com o amor que Ele mesmo nos amou. “Nós podemos amar, porque Ele nos amou primeiro”. Quando escolhemos seguir esse caminho do amor, e andarmos por Ele, seremos duramente provados. As circunstâncias serão usadas para refinar as nossas motivações ao longo de toda a caminhada, mesmo em pequenas ações, dons ministeriais e boas obras. Nesse caminho iremos enfrentar duras provas, tal qual Jesus enfrentou, pois seu amor foi testado ao extremo enquanto estava na terra. Foi rejeitado mesmo fazendo o bem, sinais, curas e milagres. Foi injustiçado, até à morte e morte de cruz, mas nada disso lhe tirou do foco, nem o desanimou da sua missão. Escolheram soltar a Barrabás em detrimento dele, imaginem que dor Jesus deve ter sentido naquela hora, pois os amou tanto, deu-se tanto,  e o que recebeu foi rejeição e traição. Terrível!!! Infelizmente isso também acontece com os que escolhem seguir esse caminho sobremodo excelente. Graças a Deus que esse é um caminho de vitória em seu final.

Jesus em sua missão na terra, assumiu uma postura de servo, pois estava a serviço do Pai. Foi para cruz calado, no entendimento de que para esse momento viera, e que faria o que estivesse ao seu alcance para salvar a humanidade, mesmo que para isso tivesse que receber insultos, desonras, humilhações e até o desamparo dos seus próprios discípulos. Ele não se defendeu! “Como um cordeiro mudo foi levado ao matadouro” AT. 8.32. Estava ciente de seu propósito e motivado inteiramente pelo amor. Essa é a grande diferença, pois o amor nos coloca diante de um propósito e consciência do que estamos fazendo e para o quê estamos fazendo. O amor nos dá a visão do que iremos passar em cada passo que damos,  para que o nossa  missão seja cumprida. Nesse caminho não há espaço para vanglória, soberba, e vaidades. O caminho sempre apontará para  Cristo.

Quando escolhemos o caminho do amor, escolhemos levar conosco àqueles que Deus nos confiou cuidar. Direcioná-los até que descubram seu propósito em Deus. O que implica em dizer que sofreremos na missão, no caminho, mas por uma nobre causa, vidas restauradas, salvas, libertas. Seremos caluniados, difamados, rejeitados, pisados muitas vezes, mas sempre valerá à pena por uma vida restaurada. Afinal “uma vida vale mais que o mundo inteiro”.  
Precisamos do amor. Precisamos andar por esse amor, pois é muito comum para quem lida com restauração de vidas, ser ferido pelas feridas dos que estão feridos. O importante, contudo, é lidarmos com essas feridas olhando para essas pessoas com os olhos e com o amor do Pai.

É interessante que esse caminho, essa estrada tem uma identidade: o amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes.
O amor não tem esses comportamentos: ele não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procuras seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. I Cor. 13.4-6 Isso é o que amor é.
Se estamos debaixo de uma missão de restauradores precisamos identificar, se dentro do que estamos fazendo vemos essa identidade de Cristo, pois isso é imprescindível para caminharmos seguros e darmos segurança. Porque restauração requer de nós sermos um lugar seguro para propiciarmos a cura. E mesmo que sejamos machucados e seremos mesmo, continuemos investindo, limitando, doando, estimulando, ensinando, suportando, até vermos resultados dessas preciosas vidas.

Qual o potencial do amor? Do que ele é capaz?
Ele tudo sofre, tudo espera, tudo suporta. Lembrando que o amor é um caminho, então sem dúvida Ele vai sofrer, pois sentirá o peso dos que carrega, carregar peso dói, cansa, entretanto, não podemos esquecer que o jugo do Senhor é suave e seu fardo é leve. Quando estamos sobrecarregados podemos ir para Ele e entregar nossos fardos. Mas devemos entender que existe sim um jugo, e existe sim um fardo a ser carregado, e que por nós é sentido.
Um “caminho” tudo espera. Espera-se que por ele passe toda diversidade de pessoas, de personalidades, gostos, e humor. Devemos esperar qualquer tipo de reação, boa ou não. pois ao lidarmos com pessoas, sempre seremos surpreendidos, pois o ser humano é muito complexo. Devemos esperar tudo mesmo. Não é uma espera só no sentido tempo, mas no sentido de expectativas, de não idealização. Devemos contar com críticas, rejeições, feridas, pois elas podem sim acontecer, e se estivermos já esperando lidaremos melhor na situação. Jesus já esperava ser rejeitado.
O amor tudo suporta, porque um caminho precisa ser forte e flexível o suficiente para aguentar e ser apoio para todo o tipo de adversidades possíveis nesse cuidado. Jesus tudo suportou por nós, e com Ele nós também podemos servir de suporte para que o outro se erga e siga no caminho.

Quero orar agora: Senhor nos ajude a cumprir nossa missão trilhando por esse caminho tão excelente, mas ao mesmo tempo tão difícil. Ajude a cada restaurador a seguir por ele.

Quanto mede esse amor? Esse amor jamais acaba. É uma estrada que não se fecha, mas que se une ao próprio propósito em Deus.

Tudo o mais passará, outros caminhos se desfarão e levarão a nada, mas o amor permanecerá. Sempre haverá esse caminho até o Pai, até o nosso destino profético, até o nosso propósito. O amor sempre será um caminho que  poderemos acessar, meu irmão e irmã, e isso é garantia para nós. Acesse-o na sua vida, e no seu ministério.
 Finalizando gostaria de perguntar: que caminho você tem escolhido para desenvolver sua missão nesta terra?

Queridos, Jesus é o caminho, e sendo o amor um caminho, podemos entender que  para que as nossas ações, objetivos, dons, habilidades, e alvos sejam eficazes precisamos  passar por essa estrada, a estrada do amor (Jesus). Podemos falar em línguas, profetizar, sermos até mártires por amor de Cristo, mas dentro dessa identidade ministerial, dentro desse caminho, o amor. Amém?
Seja uma estrada!!! Há o risco de ser pisado, pois estradas são pisadas, mas se o ser pisado ajudar outros a restauração, ao propósito  de suas vidas, então terá sido uma missão nobre ser estrada, ser um caminho que aponte para Cristo. Claro dentro de uma missão delegada pelo Senhor, não por uma escolha nossa, senão vira masoquismo. A missão sempre levará a realização. O sofrimento poderá fazer parte em algum momento, mas não é determinante, o que determina é a alegria de servir ao rei, no reino. Essa é a diferença.
leia também: http://arabrandes-restaurando.blogspot.com.br/2012/08/ops-temos-que-voltar.html?utm_source=BP_recent
No amor de Cristo, Ara Brandes

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