15.6.15

Uma breve análise de Maria: de pecadora a adoradora!

Maria conhecia sua necessidade.

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No post anterior vimos um pouco sobre Marta, neste vamos conhecer um pouco mais sobre Maria de Betânia. Continuaremos no mesmo texto de Lc 10.38-42, mas antes precisamos conhecer um pouquinho de Maria em outros textos.
Maria de Betânia era irmã de Marta e Lázaro. É também a mesma Maria que ungiu os pés de Jesus (Jo 11.1-2). Em Lc 7.36-50, há todo um relato sobre a sua atitude de adoração, visto que ela era uma pecadora, e mesmo sendo Jesus aceitou a sua adoração, e ainda a perdoou de todos os pecados. Maria sempre foi criticada pela sua extravagância na adoração, o pecado talvez não fosse o problema real para os fariseus, mas a sua entrega sim, essa causava no meio dos fariseus, e até dos discípulos grande inquietação. Jesus, porém, diz aos críticos, por meio de uma parábola, que aquele a quem muito é perdoado, é a quem muito se ama". v.47b "A quem pouco se perdoa, pouco se ama".

Agora voltando para o texto de nossa meditação:

"Indo eles de caminho, entrou num povoado. e certa mulher chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés de Jesus a ouvir-lhes os ensinamentos" (Lc 10.38-42, leiam todo o texto, aqui só colocarei um trecho).

Maria tinha esse coração aberto, rasgado para Jesus. Ela conhecia sua necessidade, diferente de Marta, Maria sabia do que tinha sido perdoada, do quanto tinha sido perdoada, e o quanto precisava de Jesus na sua vida para se manter em santidade. De pecadora passou a ser uma adoradora. Uau! Tinha uma nova identidade, o rótulo de pecadora já não lhe cabia, creio que nunca lhe coube, pois antes mesmo de ser perdoada ela já se derramava diante de Jesus, era uma adoradora incurável, oh glória! É tanto que ela pediu perdão adorando, derramando um perfume caríssimo nos pés de Jesus, e depois o que acontece é o perdão liberado, "Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. Por isso te digo: perdoados lhe são os pecados. No V. 50 Jesus diz: vai a tua fé te salvou". Sua adoração foi compreendida por Jesus como uma confissão de pecados. Ela estava quebrantada, humilhada naquela casa, mas focou no essencial, Jesus. Estava cheia de pecados, e consciente deles, mas isso não a impediu de se chegar a Ele com fé. Sua atitude mudou sua história para sempre. Não há quem se humilhe diante de Deus que não seja exaltado, e foi o que sucedeu a Maria.
Amados, Maria não perdia oportunidades para estar com Jesus, e quando não tinha, criava. Ela sabia do seu potencial de pecado, sabia que sem Jesus estava perdida. Maria quando recebeu Jesus em sua casa escolheu ficar com Ele, ela queria só ouvi-lo, queria se abrir para a cultura do céu, e para novos aprendizados que pudesse agregar para sua nova vida como cristã, não podia perder tempo longe do Mestre. O texto diz que ela "ouvia seus ensinamentos", debruçada, entregue. A agitação de Marta, sua irmã, não lhe incomodava, afinal ela sabia de si, ela tinha sido perdoada de todos os seus pecados, então, só tinha gratidão em seu coração, só tinha amor para derramar, só tinha olhos para Jesus. Ele a salvara!!! É interessante que Marta, tanto sabe que não conseguiria perturbar sua irmã, que nem tenta falar com ela primeiro, fala direto com Jesus, talvez soubesse como Maria o amava, talvez ela falasse dele o tempo todo para a irmã, e quem sabe até não fora ela quem sugerira que Marta o hospedasse?Não sabemos, mas enfim, Marta se reporta é a Jesus para queixar-se de Maria, só Jesus poderia fazer Maria sair daquele lugar de entrega, só Jesus poderia lhe dizer para sair de sua presença, ninguém mais.
E você? Quem tira você do seu lugar de entrega? Pense bem: celular, amigos, trabalho, ministério, filhos, passeios, mau humor?
Algo que me impressiona em Maria é que no seu altar só cabia Deus, uma vez redimida ela de fato tirou qualquer outra coisa que ocupava o altar e colocou Deus. Fosse o que fosse que estivesse em seu altar antes, afeto, pecado, carência, coisas, deuses, ela renunciou a tudo e entronizou Jesus. Ela aprendeu que aquele lugar precisava estar ocupado pela pessoa certa.
Ela viveu uma experiência com Jesus, ela entrou em intimidade com  Ele, quis conhecê-lo de perto, não pelas opiniões dos outros, ou pela lei, ela escolheu ouvir somente dEle, da fonte. 
O que acontece é que Maria toca o coração do Mestre. Em todas as situações de afronta, de cobrança, condenação, não é ela quem se defende, mas Jesus é quem entra em sua defesa (Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus, é Deus quem os justifica quem os condenará?). Em Lc 7.36-50 e em Lc 10.42 quando Marta indignada fala para Jesus ordenar que Maria a ajude, Jesus faz o contrário, exorta a Marta  por sua sua atitude e defende Maria dizendo: "olha Marta, "Maria escolheu a boa parte, e essa não lhe será tirada". 
Vemos tanto em Lc. 7, como em Lc. 10, a mesma coisa, Jesus toma as dores de Maria. Com o adorador é assim, ele não precisa se defender porque Jesus sempre se levantará para defendê-lo, é o que aprendo com Maria. O adorador sabe que precisa de Jesus, que é um nada sem Ele, que não há nada que possa fazer para comprar sua salvação, seu perdão, tudo é pela graça. 
Ô gente, Maria "escolheu"! Essa talvez seja a grande diferença entre o religioso, e o adorador. O religioso se vê obrigado a viver pela lei, e a lei pesa, não somos capazes de cumpri-la, só Jesus pôde fazê-lo. Então, o religioso faz tudo tão certinho, mas a motivação é a de se salvar, de se purificar pelas obras, o que é impossível. Ele escolhe a pior parte e se torna infeliz, rígido, rancoroso, legalista. O adorador não, o adorador escolhe Jesus por Jesus, por amá-lo, porque simplesmente é bom tê-lo por perto, conhecê-lo, ouvi-lo. Ele entende que depende dele para se manter no caminho. O adorador se anima só por ouvir a sua voz. O adorador não se cansa de Jesus, porque ele não está fazendo nada para merecê-lo, apenas aceitando e acolhendo o seu amor.
Marta foi quem chamou Jesus para hospedar em sua casa, mas foi Maria quem o acolheu, quem demonstrou que Ele era bem vindo, que sua presença era ansiada, desejada, e  não um fardo.
Jesus não quer ser um fardo em sua casa, Ele quer ser amado, bem recebido, acolhido, ouvido.
Será que Jesus tem sido acolhido em sua casa? Quanto você gasta só arrumando tudo e na  hora de demonstrar-lhe que Ele é bem vindo, as atividades o impedem, como foi com Marta, que só mostrou que todo o serviço que fez para recebê-lo foi um peso? Jesus parecia um estranho para Marta.
Jesus é um peso, ou uma alegria prá você?
Maria, desde o primeiro momento, sabia do que precisava e não deixou que nada, nem ninguém a detivesse, ela era determinada, quebrantada, perseverante, agradecida, livre, amada, feliz! Por quê? Porque lutava pelo que queria, pelo que precisava. Não deixava sua satisfação nas mãos de ninguém. Pense bem, quando Marta veio reclamar com Jesus sobre Maria, Maria poderia ter tido outra atitude, e se sentir culpada por estar ali, só conversando com Jesus, enquanto sua irmã trabalhava na cozinha, mas não, ela estava tão certa de que o que estava fazendo era bom, estava tão satisfeita e feliz que nada a atingia, afinal "ela escolhera a boa parte". Maria talvez já tivesse compreendido que "uma coisa só era necessária", então, não perdia tempo e energia com outras fontes, com outros focos de interesses; era conscientizada de suas necessidades vitais, uma delas era Jesus. Maria entendeu a mensagem da graça salvadora. 
Jesus ama a todos, mas as "Marias", os "adoradores", esses lhe derretem o coração.
Onde estão as Marias?
Que escolha você quer fazer? A boa? Ou a ruim? Marta também era amada por Jesus, mas não experimentou da parte boa do evangelho. Serviço sem experiência com Deus, é só peso e enfado. O evangelho é uma boa nova, uma boa notícia, experimente desse "amor que cobre multidão de pecados". Hospede Jesus com seu amor, sua entrega, sua alegria.
Pare! Debruce-se só para ouvi-lo. Honre-o com sua adoração extravagante, com a sua presença, sua escolha. Toda escolha demonstra uma preferência. O que você tem escolhido? O que você tem preferido?
Experimente não falar nada, só ouvi-lo.
Pare 5 minutos só com você! Deixe o telefone, as redes sociais, as atividades, as pessoas, os cuidados dessa vida, as preocupações, e pare. Pare só com você. Experimente não falar nada, só escute a sua alma, escute as suas necessidades, seus pensamentos, seu corpo, seu espírito, depois que escutar, ouça o que o Senhor está falando ao seu coração, e satisfaça-se, preencha-se do que é essencial, vital.
Qual é a sua necessidade? Do quanto você foi perdoado? O quanto você precisa de Jesus?
Demonstre! Isso te tornará mais saudável espiritualmente e emocionalmente. Maria era feliz, lembre-se disso, você também pode ser, depende de sua escolha!
 Amém?








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