VOCÊ PODE ANDAR SOLTO, ANDAR À
FRENTE, ANDAR ATRÁS, OU ANDAR JUNTO.
Qual dos quatros você escolheria?
Ou melhor, você vive?
Perceba que nos três primeiro a
solidão está presente. No primeiro, “andar solto”, além de se ter a solidão
como companheira, é um viver sem a sensação de pertencimento, por um lado, um "não devo nada a ninguém", por outro, o anseio real de, queria "dever", vazio, orfandade. Neste andar, há uma evidente postura de independência, e esta, que aparentemente parece
ser benéfica, é tão enganosa, porque não é uma realidade. Não somos independentes,
mesmo querendo ser, nunca seremos, sempre precisaremos de alguém, glória a Deus! Somos interdependentes, precisamos das
pessoas o tempo todo e vice-versa. Precisamos do jardineiro, do piscineiro, do porteiro, do
caixa, do padeiro, da diarista, do amigo, do irmão, do professor, do pai, da
mãe, do garçom, do colega, do pastor, do filho, do mestre, do entregador, do cônjuge, de Deus, etc;, Em cada
fase alguma dessas pessoas nos servirão, em algum momento um deles se destacará,
e será benção. Mas, na visão do independente,
ser interdependente é fardo. O orgulho esconde a realidade de sermos uns com os
outros, de precisarmos e valorizarmos cada pessoa que contribui para que
tenhamos uma vida mais bela, harmônica, mais leve. Quando nos vemos como
interdependentes, diferentemente, somos livres para precisar, para dar também, podemos aprender, trocar, compartilhar,
interagir, vivenciar, pedir, servir e sermos
servidos pelos outros, sermos gratos... que dádiva! Que delícia! Andar solto é solitário, é
desinteressante, é enfadonho!
Andar à frente é também muito solitário, não
sempre, mas na maioria da vezes... é para os que puxam, para os que carregam
uma responsabilidade maior, que precisarão conhecer mais, descer mais, buscar
mais; estes são os primeiros a serem levados aos desertos, as covas, as fornalhas, as cavernas, a
cruz, a Canaã... eles precisaram ir primeiro, por sua causa. São “os Moisés, os Davis, os
Elias, os Joãos Batistas, os Paulos”, eles vão lá na frente desbravar as estradas para outros poderem entrar. Eles enfrentam alguns leões, ursos, gigantes, espinhos.
Enfrentam densas trevas, enfrentam potestades, desânimo, Jezabel... são até alimentado por corvos,
só para abrir caminho para um povo. Eles vão lá na frente, mas voltam depois para
anunciar, inspirar, e mostrar que é possível, e dizerem a você: vamos?
A companhia certa, e garantida que eles tem nesta jornada é a do Pai, a do "Eu sou" que os enviou. Às vezes eles tem a graça de terem uns Eliseus, uns Timóteos, uns Arãos, uns Barnabés, uns Epafroditos, Onesíforos... mas não é garantido. É graça mesmo!
A companhia certa, e garantida que eles tem nesta jornada é a do Pai, a do "Eu sou" que os enviou. Às vezes eles tem a graça de terem uns Eliseus, uns Timóteos, uns Arãos, uns Barnabés, uns Epafroditos, Onesíforos... mas não é garantido. É graça mesmo!
Andar atrás é solitário também.
Escolher este compasso é deixar passar muita coisa, muitas oportunidades,
muitas pessoas, é também uma demonstração de orgulho, de não aceitar as mãos
estendidas na estrada, de não reconhecer valor nos que se aproximam para estimulá-los
a irem junto. É fantasia de um poder ir só, fazer só, resolver-se só, sem de
fato poder. Estes vão ficando para trás, vez ou outra alguém volta para
resgatá-los, e ajudá-los a seguir no compasso da comunidade, da interdependência.
Andar junto é o mais gostoso de
se viver. É para os que já entenderam que compartilhar é benção, é prazer, é o
que dá sentido. Que diminuir-se para permanecer com, ser parte, fazer parte, é
o que mais importa; ser corpo, ser gente com gente, sem papéis, sem enfeites,
sem máscaras. Ah, esses que diminuem o compasso para não perder a proximidade, renunciam
por um todo, por atribuir valor ao “ser” com. Andar junto é entrega pelo outro, mas também por você, por precisarmos de iguais, por saber que é bom estar junto... é para os
esvaziados, é para os que se miram nEle, nEle “que esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, tornando-se semelhantes aos homens” Fp 2.7.
Que descida de Jesus para nos fazer um com Ele, para que alcançássemos o Pai. Ele foi lá no final, na cruz, desbravou a morte e voltou ressurreto. Sabe para onde voltou na estrada? Para bem próximo de mim e de você, e agora, mais do que antes, para andar junto o tempo todo, no seu coração, se você quiser e deixá-lo seguir com você. Ele está à sua frente para te convidar, e te estimular, mas também está dentro, e junto para te ajudar a ir, isso se chama- graça! Que descida!!! Uau!!!
Que descida de Jesus para nos fazer um com Ele, para que alcançássemos o Pai. Ele foi lá no final, na cruz, desbravou a morte e voltou ressurreto. Sabe para onde voltou na estrada? Para bem próximo de mim e de você, e agora, mais do que antes, para andar junto o tempo todo, no seu coração, se você quiser e deixá-lo seguir com você. Ele está à sua frente para te convidar, e te estimular, mas também está dentro, e junto para te ajudar a ir, isso se chama- graça! Que descida!!! Uau!!!
Você quer chegar logo e só? Ou quer chegar compartilhando?
Vi um filme muito interessante, certa vez, indicado por minha irmã Ariene: "Na natureza selvagem", que filme! Que rico! O filme conta a estória de um jovem que depois de formado decide ir rumo a sua liberdade. Deixa todos os seus familiares, com o quais não se entendia, nem também valorizava, e sai na aventura de se conhecer, de encontrar a tal liberdade. Encontra muitas pessoas no caminho que lhe ensinam grandes lições. Mas uma frase que este jovem fala que me impactou muito, não sei, se pela inocência dele, ou pela arrogância, mas foi a seguinte: "tenho certeza absoluta de que não vou encontrar nada que não possa enfrentar sozinho". Ahn? Em contrapartida, ao final da aventura, quando ele chega no lugar do seu sonho tão almejado, o "Alasca", lá descobre uma grande verdade, e confesso que esta me doeu mais que a primeira pela carga de realidade que ela carrega: "a felicidade só é real se compartilhada"! Que tremenda descoberta! Alegria que não é compartilhada não tem nenhum sentido, nenhum. O que adiantou viver tudo o que viveu se não pode compartilhar com àqueles, que mais o amavam, e que deixou para trás? E este jovem não teve tempo de desfrutar, nem de compartilhar sua conquista, logo ela não existiu, infelizmente. Não vou contar o final do filme porque se você não viu, pode ver ainda, se desejar. Escute esta música, e deixe-a ecoar lá no fundo...
No amor de Cristo!
Ara Brandes
Uma amiga da jornada
Andar junto é de uma riqueza... Desafiador!!!
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