21.6.21

No caminho as mudanças se revelam


Talvez você me responda um -NÃOOOOOO. Ou um nanah.. ou um: mais ou menos, ou até quem sabe, um sim, bem tímido... raramente é um SIMMMMM.

Bem, eu gosto de fazer algumas mudanças. Não que não sejam difíceis, as vezes, mas a minha personalidade gosta de fluxo, de impacto, de novidade, de inovar, de criar, de se arriscar nas descobertas internas, e de sempre mudar algo quando necessário, e quando sei que me trará um novo olhar, e melhor perspectiva.

Mas, sabe, também sou aquela que dá importância a rotina, ao diário, ao costumeiro e familiar, ordinário... isso também é essencial para uma dinâmica saudável e consistente. Equilibrar essas duas coisas é que é desafiante sempre.

A maioria de nós não gosta de mudanças. Ainda mais àquelas significativas, grandes. E o fato é que somos muitas vezes convidados a mudar, ou pela circunstância, ou pela necessidade, e em todas as mudanças precisaremos sempre nos adaptar e adaptar é processo, e processo não queremos, não é?

Mas a mudança que eu particularmente considero mais relevante, é a que fazemos não por um empurrão, ou necessidade apenas, mas àquela mudança consciente, intencional, e claro, por direção de Deus. Essa é solida, vem de dentro para fora, tem bases para se sustentar depois do impulso inicial. E digo isso, porque muitas pessoas fazem grande alarde inicial em suas "mudanças", mas a sustentação inexiste, ou é muito frágil. Entenda, mudanças precisam ser construídas de dentro para fora.

Sabe, toda mudança (cura) requer de nós comprometimento. Comprometimento com a permanência, e com a continuidade da mudança instituída, pois sem isso, retrocedemos inevitavelmente.

É natural que nos assustemos com o novo que a mudança traz, pois mudar é desagasalhar o familiar, o ordinário, o conforto, e as vezes dói e a dor tem que doer para que possamos valorizar os progressos feitos, os novos hábitos introduzidos, o novo em que adentramos tem seu preço.

Muitos até encaram o autoconhecimento, a exposição à Palavra, fazem inúmeros cursos, conferências, e buscam formas de mudar, de renovar a mente e isso é bom, sem dúvida. Contudo, o que acontece muitas vezes, depois do impacto inicial que recebem na consciência, é que relaxam e esquecem de regar e de cultivar suas mudanças diariamente. Esquecem de promover a manutenção da cura, do que foi alcançado.

Quando penso em mudança, penso em locomoção. Seja esta locomoção física, geográfica, psicológica, relacional, social... pois, mudança é deslocamento, é alteração de um estado, de um jeito de fazer, estar, ser, olhar. É um seguir adiante, deixando "um" algo, (pensamentos, lugar, pessoas, tempo, certezas, situações, escolhas, lugar etc) para trás, à medida que se anda. E à medida que se caminha algo novo desponta; algo para se ver, algo para se lidar, algo para se enfrentar, mas também para desfrutar.

É interessante que nós cristãos estamos sempre diante de um novo. "Fomos chamados e resgatados por Deus para andarmos em novidade de vida. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida". Rm 6.4 Por quê?

Porque como cristãos confessos e praticantes, temos a Palavra, temos o Espírito Santo e, portanto, somos sempre confrontados pela verdade, glória Deus. Estamos sempre renovando nossa maneira de viver, de pensar, de estar pelo arrependimento ( Deveríamos, pelo menos). E o convencimento do Espírito nos leva a mudar. Então mudamos em algo, e iniciamos outras mudanças, confiantes naquilo que em nós também já foi consolidado.

Mudar é retornar ao caminho, e continuar a caminhada. Mudar é reconhecer a nossa fraqueza, imperfeição, isso nos leva ao próximo passo, aperfeiçoamento. E sem dúvida, mudar requer de nós humildade. Humildade para cedermos a Verdade que nos chega, que nos confronta e precisamos disso.

Ei, a exposição diante de Deus nos cura, lapida e fortalece.

Mudar é deixar para trás o que se estava fazendo, mesmo que bom, pela revelação do agora que é melhor. E sabe , o que aprendenos com Deus é que não existe mudança sem arrependimento, e só o genuíno arrependimento, e responsabilização pelo modo de vida que escolhemos nos levará as mudanças diárias, mudanças essas que precisarão ser mantidas intencionalmente.

Muitos querem mudar algo em suas vidas, mas não se responsabilizam por seus desejos de mudança. Ei, assuma a responsabilidade de sua vida e continue "rumo ao alvo". Pois se perdemos o alvo, perdemos tudo.

Ara Brandes







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