Dependência Emocional parte 2
Nestes dias estarei falando um pouco sobre dependência emocional, no intuito de trazer a vc consciência sobre e se for este o seu caso busque se conhecer e corra atrás da ajuda que precisa.
O dependente é um carente, mas não é uma carência simples, mas patológica, uma forma de se relacionar mto adoecida.
O indivíduo sofre mto por se mover nas relações pela necessidade absurda de se "suprir", de ter valor, e nesse sentido ele aceita qualquer coisa que se pareça com afeto. Busca atenção desse outro de todas as formas possíveis.
Um grande problema nessa situação é que ele quer exclusividade desse outro. Exclusividade de afeto, de atenção, de cuidado, de presença, de tudo, ele coisifica o outro. Não há espaço para a individuação, para que outro seja ou faça qq outra coisa sem ele. E nessa busca nada nunca é suficiente.
Importante falar que a dependência emocional pode acontecer em outras relações tb como de pais, amigos, chefes, autoridades religiosas etc. Basta que haja a junção inconsciente do (frágil) com o forte ("perfeito", na idealização).
O dependente devido à sua falta emocional, coloca mto poder de sua vida ( existir, estar bem,) nas mãos do outro, mesmo que esse outro não se perceba disso. E vive na espera de ser notado, aplaudido e preenchido ( e não será), vai sofrer mais. Ninguém é responsável pelo seu bem estar. Apenas vc pode se responsabilizar por vc.
Dentro de um casamento isso pode tomar proporções dantescas e com danos psicológicos, e relacionais.
A dependência emocional é um desequilíbrio na forma de amar. É um "amar demais", só que não é amor, é posse.
Nenhuma relação se sustenta saudável se um dos indivíduos é dependente emocional inconsciente. Ou o parceiro vai desistir ou vai aceitar e morrer emocionalmente aos poucos e ficar desinteressado na relação. Ou seja, não há saúde nesse quadro, pq não há amor, não há liberdade, logo não há paz.
Esse buraco na alma pode ser tratado com ajuda séria, consciência, e desejo de mudança. É longo o processo.
Faça isso por vc
Dica do dia: comece por exercitar a sua visão do outro e que esse outro não é uma coisa, mas uma pessoa.
Ara Brandes
Psicóloga Clínica GT
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui!