Maturidade tem uma direta correlação com esse ato.
A solitude é um ato intencional, primeiramente, uma prática necessária para a nossa regulação emocional e espiritual. Deseja-se estar em solitude, e nesse estar há propósito, prazer, produção, e sentido.
Vivemos num tempo onde as pessoas estão mto carentes, sempre em relação, e convivência excessiva, desmedida, sempre conectadas, seja presencialmente, seja virtualmente, não há pausa de convivência. Esse excesso causa mtos problemas. O resultado disso é desgaste emocional, desgaste relacional, desequilíbrio, intolerância, irritabilidade.
Sem pausa, sem solitude o indivíduo não encontra tempo para se regular, e o indivíduo se sente na necessidade de suprir o outro o tempo todo, de impor sua presença a qq custo, e instala-se, portanto uma dependência de se estar full time em relação.
Na solitude há reflexão, autoexame, fluxo de ideias, elaboração, organização interior, autoconhecimento, há reabastecimento de força.
A solitude requer exercício, e determinação, pois as demandas ao nosso redor nunca param, se não a suspendermos por um tempo.
Diferentemente da solidão que traz um sentimento de vazio, abandono, e leva o indivíduo a se preencher de ocupações e de pessoas ao seu redor, para não lidar com o vazio da alma, a solitude é um ato de autocuidado, e traz imenso prazer. A solitude nada tem a ver com isolamento, é apenas uma retirada do meio, para um objetivo.
A solitude é uma prática que vem de um bem estar consigo mesmo, de um contentamento, e satisfação.
Toda a convivência é saudável dentro de seu equilíbrio, mas seu excesso vem da carência, e da fome da alma.
A carência sempre vai roubar vc de vc mesmo, vai sugar suas forças.
Algumas perguntas que vc pode se fazer para trabalhar na solitude é:
Quando estou só o que sinto?
Quando estou só com o que preencho?
Quando estou só o que aproveito de mim mesmo?
A solitude é um lugar descanso e repouso.
Por Ara Brandes
Psicóloga Clínica GT
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